Iniciativas PCP

Teve lugar recentemente uma reunião de dirigentes do Sindicato dos Corticeiros com uma delegação da DORAV do PCP, a pedido desta estrutura partidária.

Esta iniciativa, integrada na campanha contra a precariedade que o Partido está a desenvolver em todo o país, teve por objectivo aprofundar o conhecimento sobre a situação social e laboral no sector corticeiro, nomeadamente o crescente recurso a contratos precários na generalidade das empresas com as gravíssimas consequências daí decorrentes para a estabilidade da vida e do emprego, sobretudo das novas gerações.

Há de facto hoje neste importante sector cada vez mais casos de sub-contratação, de contratos precários ao dia, à semana, sem qualquer controlo nem fiscalização, para suprir no fundo tarefas permanentes, o que além de ilegal é perfeitamente imoral e escandaloso.

Casos gritantes que subsistem inclusive no Grupo Amorim, verdadeiro império neste sector, em que acaba mesmo por anunciar agora o crescimento dos seus lucros em 64 % no final do primeiro trimestre, em contraste completo com a precariedade que também ali se pratica e com os baixos salários e a maior exploração.

Nesta reunião o PCP voltou a manifestar toda a solidariedade e empenho na luta contra o flagelo da precariedade, por melhores salários e em defesa dos direitos dos trabalhadores corticeiros.

Aveiro, 24 de maio de 2016
Gabinete de imprensa da DORAV do PCP

Uma boa parte dos trabalhadores com contratos precários desempenha tarefas permanentes, fazendo falta todos dias nas empresas mas os seus contratos são temporários, trabalham com recibos verdes, em prestação de serviços ou mesmo em bolsas de formação num ciclo de precariedade infernal.

É precisamente isso que se tem passado com muitos formandos, sobretudo jovens, dos diversos Centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional que, depois de frequentarem sucessivos cursos, acabam por não alcançar nenhuma saída profissional, engrossando sim os números do desemprego e da precariedade.

Como prova de que a precariedade é mesmo um fenómeno em alastramento, até entre os professores e formadores externos a precariedade atinge níveis inaceitáveis, tanto pelo número de trabalhadores abrangidos, como no tipo de contratos de trabalho celebrados, que no caso dos formadores externos configura uma situação de verdadeira praça de jorna, assumindo os vínculos a forma de contratos de prestação de serviço à tarefa, vulgo "recibos verdes".

Tendo em conta as perspectivas existentes relativas ao QREN (fundos europeus), nomeadamente ao objectivo nacional de elevação das qualificações dos portugueses e de abaixamento da taxa de abandono precoce, é fundamental que com estes trabalhadores, professores e formadores externos, sejam celebrados vínculos de trabalho dignos e condizentes com a responsabilidade social que sobre eles recai.

Foi pois com o objectivo de alertar e denunciar todo este flagelo que activistas do PCP estiveram recentemente em contacto com os formandos e trabalhadores do Centro de Rio Meão daquele Instituto distribuindo o folheto que dá suporte à acção " Mais Direitos, Mais Futuro, Não à Precariedade! "

O Gabinete de Imprensa da DORAV do PCP
Aveiro, 23 de Maio de 2016

 

Teve lugar recentemente mais uma acção de contacto de militantes do PCP, integrada na campanha : " Mais Direitos, Mais Futuro, Não à Precariedade !", desta feita junto dos trabalhadores da CIFIAL, conhecida empresa metalúrgica de Rio Meão - Stª Mª da Feira.

Este continua a ser, lamentavelmente, um tema bem actual e sentido, nesta como em muitas outras unidades industriais e locais de trabalho, onde impera a maior impunidade tendo por base baixos salários, intensos ritmos de trabalho e contratos precários para desempenhar tarefas laborais permanentes.

O que se torna duplamente escandaloso pois além de, deste modo, aumentar a exploração e os lucros desmedidos da entidade patronal, provoca nos trabalhadores, em especial nos mais jovens, a maior das instabilidades e incerteza nas suas vidas.

Por isso mesmo é imperioso travar este flagelo. Reforçar a luta e a unidade de todos os trabalhadores contra a precariedade.

 

Aveiro, 19 de Maio de 2016
Gabinete de imprensa da DORAV do PCP

 

No âmbito da campanha que o PCP está a realizar em todo o país, teve lugar uma acção de contacto com os trabalhadores da SOCORI, uma das mais importantes empresas corticeiras do Concelho de Stª Mª da Feira.

Embora se trate de uma unidade industrial com uma boa carteira de encomendas e considerável capacidade produtiva, a verdade é que também aqui se usa e abusa do trabalho precário, ou seja recurso a contratos temporários para suprir necessidades de laboração permanente, o que, além de perfeitamente anacrónico e injusto, provoca a maior instabilidade e incerteza na vida dos seus trabalhadores, sobretudo os mais jovens.

É mais do que tempo de travar este flagelo e assegurar o pleno direito à estabilidade e segurança no emprego, combatendo a precariedade.

Por isso, nesta como noutras ocasiões, o PCP apelou mais uma vez à unidade e luta dos trabalhadores, essenciais para defender os seus direitos, nomeadamente

laborais e sociais consignados na Constituição da Republica.


Aveiro, 18 de Maio de 2016
Gabinete de imprensa da DORAV do PCP

 

No âmbito da campanha «Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade», Jerónimo de Sousa esteve hoje junto às instalações da Huber Tricot, fábrica de vestuário em Santa Maria da Feira.

Nesta iniciativa começou por ter a palavra Conceição Pais, trabalhadora da fábrica, que de forma emotiva relatou as condições de trabalho daquele local. Os baixos salários, a pressão sobre os trabalhadores para cumprir os prazos das encomendas a todo o custo, a acumulação de horas extraordinárias em quantidades que chegam à casa das centenas, tudo são factores de esmagamento dos trabalhadores que têm conduzido a inúmeras situações de baixas médicas por razões tanto físicas como psicológicas. Nas palavras da própria, “é indescritível o que aqui se passa na fábrica”.

Seguiu-se o Secretário-Geral que, saudando as várias dezenas de trabalhadoras que ouviam as suas palavras de vários pontos da fábrica (da porta às janelas do refeitório), enfatizou a importância de uma verdadeira ruptura com as políticas de direita como elemento decisivo para alcançar a vida melhor a que todos os trabalhadores aspiram e têm direito.

Jerónimo enfatizou que o patronato procura – como sempre procurou –, através da caducidade do contrato colectivo que tenta forçar, pôr em causa direitos fundamentais dos trabalhadores, agravando a sua exploração para maximizar os lucros. Acrescentou ainda que “sendo certo que hoje se abriu uma janela de esperança, com a reversão de algumas políticas feitas pelo Governo anterior, é nas mãos dos trabalhadores, na sua luta, que está o factor determinante para consumar essa ruptura”.

Aplaudido pelas trabalhadoras e pelos populares que entretanto se juntaram junto das instalações da fábrica, Jerónimo exortou os trabalhadores a prosseguirem a luta com a afirmação “Não esqueçam que é vosso o papel fundamental.”