Surgiu recentemente um estudo independente do novo Observatório Nacional da Administração Pública, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, sobre a evolução do desemprego nos diferentes concelhos do País.

Não sendo propriamente novidade, já que vem confirmar estatisticamente dados e constatações há muito sustentadas pelo PCP, aquele estudo, no caso particular do Concelho de Stª Mª da Feira, contraria em absoluto as teses tão apregoadas do Senhor Presidente da Câmara de diminuição acentuada de desemprego no mesmo, como, inclusive, de obra sua se tratasse

A verdade nua e crua é que, segundo o citado estudo, não obstante se registar na maioria dos Concelhos a norte uma diminuição do desemprego, em Stª Mª da Feira ao invés este cresce 0,32%!

Mas, claro que não é só por estes números que se pode ver a evolução do desemprego no País e no Concelho.

Igualmente no que se refere ao emprego criado, como não nos temos cansado de alertar, na sua esmagadora maioria é precário (estudos recentes apontam para mais de 80 % dos postos de trabalho criados, entre Outubro de 2013 e Junho deste ano, serem por meio de vínculos precários e com salários próximos do salário mínimo nacional).

Panorama que, de resto, campeia e alastra nos principais sectores industriais de Stª Mª da Feira. Quer no calçado, quer em especial da cortiça é cada vez maior, como temos denunciado amiúde, o nível da precariedade laboral, com base em contratos a prazo e salários extremamente baixos.

Por isso mesmo, ainda que se tenham registado, no plano nacional, nos dois últimos anos algumas melhorias na reposição de direitos dos trabalhadores, é possível e necessário ir mais longe, em defesa do emprego com direitos, pelo aumento do salário mínimo para 600 euros em Janeiro de 2018 e pela valorização do trabalho! 

Stª Mª da Feira, 22 de Novembro de 2017

Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP