Concelho

A CDU em diversas ocasiões tem alertado para o estado de abandono e incúria, em que se encontram, lamentavelmente, muitos dos edifícios e equipamentos do rico património histórico e ambiental do Município Feirense, em relação ao qual o Executivo PSD está de costas voltadas. Encontram-se nesta situação parte dos jardins e áreas arborizadas da encosta do castelo e “Guimbras” onde mesas, candeeiros e outros equipamentos, derrubados por árvores em intempéries passadas, permanecem estropiadas ou arrojadas no solo.

Tanto assim é que, em plena zona nobre do centro da cidade de Feira, nas imediações do Convento dos Lóios, e não muito longe dos Paços do Concelho, se encontra esta réplica em madeira do Castelo da Feira, como a foto ilustra, totalmente destruída e vandalizada, há pelo menos dois anos. Demasiado tempo portanto, sem que os serviços camarários e os seus responsáveis mostrem qualquer intenção ou diligência para alterar tal quadro degradante. Como se já não bastasse a imagem de desleixo que dali perpassa, quando temos uma empresa municipal especializada nestas coisas de eventos, acresce que este “mamarracho” está ao lado de um parque infantil onde diariamente brincam crianças e que até tem uma entrada irregular para este mesmo lado.

A Coligação Democrática Unitária vem denunciar mais um hediondo atentado contar a ribeira. A Ribeira da Lage em Fornos, mais concretamente no lugar dos Moinhos, apresentava ainda no decurso desta semana a degradação que amiúde temos documentado com imagens para a comunicação social e que pode ser comprovada pela foto anexa.

                A Ribeira da Lage, que atravessa várias freguesias do município de Sta. Maria da Feira foi, outrora, um excelente rio truteiro, onde também se podia pescar ou observar espécies como a enguia, os escalos, o tritão ventre laranja e outros anfíbios, as lontras, as toupeiras de água ou os cágados. Atualmente este curso de água que estava profundamente poluído, e consequentemente degradado, vinha recuperando o seu estado natural sendo notórias as melhorias ambientais, que se traduziam na possibilidade de se observar espécies piscícolas e anfíbias para lá de espécies de plantas aquáticas que tinham sucumbido à poluição. Apareciam ao fim de três longas décadas de poluição e destruição, as primeiras formas de vida animal e vegetal que não as indiciadoras de elevadas cargas de poluição orgânica.

                Inopinadamente e quase consecutivamente foram feitas duas descargas que deixaram a água com um aspeto leitoso, sendo que a última aconteceu nesta segunda-feira, dia 22 de maio. Foi feita uma participação às autoridades ambientais da GNR, que lamentou não ter disponível nenhuma equipa EPNA no momento por estar fora do seu horário de trabalho, o que achamos lamentável dado o facto de estes crimes não obedecerem a horário de expediente. Os atentados ambientais nesta ribeira estão a ser sistematicamente denunciados pela população que não tendo outra arma para combater estes crimes se nos dirige, para que os denunciemos publicamente. Voltamos a afirmar que o atentado ecológico conta com o silêncio cúmplice dos presidentes das juntas de Arrifana, Fornos e Souto/ Mosteirô, bem como um total alheamento por parte da câmara municipal e Santa Maria da Feira.

Não é compreensível que em pleno século vinte e um empresários pouco escrupulosos, se é que os podemos considerar como empresários, não tenham um mínimo de dignidade social que os leve a assumir os custos ambientais que derivam da sua atividade.

Pelos recentes acontecimentos na Rua da Varziela, tudo leva a crer que uma vez mais a Comissão de Freguesia do PCP de Fiães tinha razão aquando da denúncia de obras ali realizadas sem terem em consideração as condições do terreno.

As fotografias anexadas são da referida rua que voltou a ficar inundada com as chuvas da passada semana. O que, uma vez mais, prova que se efetuaram obras sem o devido planeamento.

Ficaremos a aguardar que se efectuem arranjos na Rua das Barras, também ela afectada com as águas pluviais provenientes da Rua 31 de Janeiro.

As obras e melhoria dos acessos e vias rodoviárias, aqui como em todo o lado, são necessárias. Mas devem ser executadas com o máximo cuidado e devido planeamento para não causarem os constrangimentos e inundações como no caso descrito.

A Comissão de Freguesia de Fiães do PCP, como sempre, não deixará de intervir para que este e muitos outros problemas da nossa cidade sejam efectivamente acautelados e resolvidos, em defesa de melhores condições de vida dos Fianenses.

 

Fiães, 19 de Maio de 2017

Comissão de Freguesia de Fiães do PCP

Tendo sido feitas referências inverídicas e erróneas sobre o trabalho político da Coligação Democrática Unitária na freguesia de Fornos, no vosso semanário publicado à data de 8 de maio, a CDU, invocando o direito de resposta, e tendo em conta que na respetiva noticia não se teve em atenção o direito ao contraditório, vem, deste modo, fazer as devidas retificações e solicitar a publicação do presente texto.

Nessa mesma edição é dada nota do comunicado da CDU sobre a situação perigosa e vergonhosa em que se encontra, há mais de 3 anos, parte do traçado da Estrada Nacional 109-4 que atravessa a freguesia de Fornos.

Nesse mesmo comunicado é feita uma breve resenha da história rocambolesca das ditas obras naquela via que, apesar das sucessivas mentiras da Câmara e Junta de freguesia quanto ao seu término eminente, permanece cheia de degraus no seu piso. Esta situação é bem notória e qualquer Fornense a pode corroborar.

Ficamos, pois, estupefactos com as afirmações do Senhor Presidente de Junta, Sr. Luís André quando, no já referido artigo do vosso jornal, se refere à nossa denúncia, como um “vergonhoso aproveitamento político”.

A Comissão Coordenadora da CDU de Fiães vem por este meio endereçar a sua opinião ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Stª Mª da Feira, Emídio Sousa, relativa aos recentes desenvolvimentos relativos ao Monte da Pedreira em Fiães.

Esta Comissão é da opinião que a compra, por parte do município, do edifício da antiga fábrica Ajax foi uma mais valia para a freguesia e que este espaço deve ser devolvido aos fianenses para que seja possível usufruir em toda a plenitude do espaço.

Todavia, manifestamos a nossa relutância à criação de campos de voleibol de praia no local. No município e na freguesia há exemplos concretos de que estas infraestruturas tendem a ficar ao abandono, fruto da não existência de associações/clubes que se dediquem de forma continuada a esta variante desta modalidade tão querida por Fiães. Compreendemos a intenção de trazer a prática do voleibol para o local da sua génese no município, no entanto pelo anteriormente referido, é do nosso entender que será um investimento para o qual não se irá retirar retorno.

Entendemos, e defendemos, que no local deve sim ser criado um espaço verde e de lazer, ao qual deve ser associado um espaço para a realização de espetáculos, nomeadamente um pequeno anfiteatro. Isto possibilitará, por exemplo, que ali se realize o “Fiães a Andar” (festa das coletividades da cidade), evitando o aluguer de palcos. A permanência desta infraestrutura no local, conjugada com as restantes infraestruturas (nomeadamente casas sanitárias), irá permitir às coletividades da freguesia realizar atividades ao longo do ano no local.