Moção Apresentada pela CDU na última Assembleia Municipal 

1º de Maio

Passados 120 anos sobre a proclamação do 1º de Maio como Dia Internacional do Trabalhador, persistem ainda muitas razões para lutar. Se, à data da sua primeira celebração, em 1886, a principal reivindicação era o tríptico 8/8/8 – 8 horas para trabalhar, 8 para descansar e 8 para o lazer – hoje essa luta ainda é actual.

 Como é actual a luta pelo trabalho com direitos.

No distrito de Aveiro, em Março de 2010, o número de desempregados registados no distrito era de 40.091, ou seja, 7,29 % do Continente, representando mais 16,76 % do que em Março de 2009.

As mulheres continuam a ser mais afectadas: são 22.866 em Março 2010, 57,04% dos desempregados registados no distrito.

O desemprego registado dos jovens com idade inferior a 34 anos, é de 14.762, ou seja 36,82 % do desemprego registado no distrito.

Aveiro, continua a ser o quinto distrito com mais desemprego registado.

Santa Maria da Feira conta hoje com 9 401 desempregados registados, 56,7% são mulheres. Um aumento de 22,5% em relação a Março de 2009, num total de mais 1724 desempregados registados.

As medidas anunciadas no PEC prevêem já de imediato o corte substancial nos subsídios de desemprego e a desvalorização contínua dos salários, a par da crescente precariedade e tentativas de aumento da jornada de trabalho para 12 horas por dia e 60 por semana.

A Assembleia Municipal, enquanto representante dos interesses e anseios dos feirenses, só pode estar em defesa dos trabalhadores do concelho, exigindo mais justiça social, trabalho com direitos e salários dignos.

A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida em 30 de Abril de 2010,
delibera:

• Saudar e manifestar o seu apoio às iniciativas populares e demais actos
comemorativos do 1° de Maio e apelar à população do Município feirense para
que a elas se associe;

• Reafirmar os valores históricos da vitória da Liberdade e da Democracia na vida
de todas e todos os portugueses, bem como daqueles que connosco vivem e
trabalham;

• Manifestar-se junto dos órgãos de soberania pela defesa do trabalho com
direitos, pelo investimento público no município, pela defesa dos postos de
trabalho no concelho.