Assembleia Municipal

Requerimento

22 de dezembro de 2017

 Exmo. Senhor

Presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira

A Via Estruturante Espargo – Paços de Brandão assume-se como uma das principais vias do município de Santa Maria da Feira, sendo estratégica para o desenvolvimento das freguesias que cruza, assim como para o acesso ao Europarque, diversas Zonas Industriais e acesso a duas Autoestradas.

Para além da utilização da via para deslocações rodoviárias, a mesma é comummente utilizada por munícipes para realizarem caminhadas noturnas ou mesmo deslocações de bicicleta.

Apesar da importância da referida via, a mesma encontra-se com fraca iluminação pública (em extensa área sem qualquer iluminação), marcações rodoviárias praticamente inexistentes (uma vez que os elementos naturais eliminaram as existentes) sem passeios ou delimitação de ciclovia.

Dado o interesse estratégico desta infraestrutura e de assim permanecer há vários anos, parece-nos de efetiva urgência o avançar com a reabilitação da Via Estruturante, considerando as atuais necessidades e o uso que a mesma tem tido pelos munícipes, nomeadamente para caminhadas noturnas e deslocações de bicicleta.

 

Assim, face ao exposto, nos termos legais e regimentais aplicáveis, requeiro a V. Ex.ª através do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, os seguintes esclarecimentos:

  1. Quando pretende a Câmara Municipal intervir de forma a reabilitar a Via Estruturante?
  2. Qual o custo estimado da reabilitação da Via Estruturante?

No passado dia 22 de dezembro, a CDU apresentou na Assembleia Municipal uma Moção relativa à Linha do Vale do Vouga. A referida Moção foi aprovada por unanimidade e transcreve-se abaixo.

 

Moção

Linha do Vale do Vouga

 

  1. Depois de anos de intensa luta das populações e inúmeros debates na Assembleia da República, foi finalmente aprovado durante o mês de setembro um projeto de resolução que consagra a defesa, reabilitação e modernização da Linha do Vale do Vouga!
  2. Dadas as características da linha, de cruzar uma vasta área urbana do Distrito de Aveiro (especialmente no município de Santa Maria da Feira), de ser uma alternativa à sobrelotada EN1, uma alternativa a transportes que recorrem a combustíveis fósseis, sublinha-se a necessidade que a Linha do Vale do Vouga seja reabilitada como um todo, ou seja, de Aveiro a Espinho (com interface com a Linha do Norte) e com nó em Sernada para garantir a ligação a Viseu.
  3. Reconhecendo a importância desta infraestrutura centenária para o desenvolvimento da região, especialmente do município de Santa Maria da Feira.

 

A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida a 22 de dezembro de 2017 delibera:

  1. Que devem ser analisadas as necessidades das populações com vista a desenvolver um serviço público de transporte ferroviário que satisfaça as suas necessidades;
  2. Que o investimento público para a reabilitação da Linha do Vale do Vouga deve ser uma prioridade.

No passado dia 22 de dezembro, a CDU apresentou na Assembleia Municipal uma Recomendação relativa ao Castro de Romariz. A referida Recomendação foi aprovada por unanimidade e transcreve-se abaixo.

 

Recomendação

Castro de Romariz

 

O Município de Santa Maria da Feira é especialmente rico em património histórico-cultural, com um vasto património físico que abrange várias épocas do desenvolvimento humano do território que hoje é Portugal.

De entre este património, contabiliza-se a existência de dois castros conhecidos. Sendo que de um, devido ao crescimento urbano descontrolado, apenas se pode recuperar um terço da sua área – em Fiães. Por outro lado, o Castro de Romariz dada a sua localização fora da malha atualmente urbanizada foi possível uma maior preservação.

Todavia, numa visita ao local é possível constatar a degradação e vandalização do gradeamento envolvente, a falta de sinalização para o local e a falta de informação no local sobre o referido património.

Sendo este um espaço por excelência para a interpretação do modo de vida de outras culturas que habitaram a nossa região, é também um espaço, por excelência, para a promoção de uma cultura cidadã, de respeito pelo património, pela história e cultura.

No passado dia 22 de dezembro, a CDU apresentou na Assembleia Municipal um voto de reconhecimento por serviços prestados pelos Bombeiros do Município. O referido voto foi aprovado por unanimidade e transcreve-se abaixo.

 

Reconhecimento por serviços prestados

 

No verão passado, os fogos florestais voltaram a assolar o país, desta com dimensões catastróficas, com resultados devastadores.

Nestas circunstâncias, coube aos Bombeiros enfrentar e solucionar o flagelo numa entrega sem limites, tendo em várias situações ultrapassado o que é humanamente possível, não sendo os Bombeiros do Município de Santa Maria da Feira exceção.

Assim, não obstante, do reconhecimento a todos os Bombeiros de diferentes áreas geográficas que combateram os diversos fogos ocorridos por todo o país, a Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida a 22 de dezembro de 2017, exprime uma saudação e o reconhecimento por serviços prestados a todos os Bombeiros do Concelho de Santa Maria da Feira.

 

Se aprovado deverá ser endereçado:

  • às corporações de Bombeiros do município;
  • Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários;
  • Liga dos Bombeiros Portugueses;
  • Órgãos de comunicação social.

 

O eleito municipal

Filipe T. Moreira

22 de dezembro de 2017

No passado dia 22 de dezembro, a CDU apresentou na Assembleia Municipal um voto de Pesar e total Solidariedade com as vítimas dos incêndios de 15 de outubro. O referido voto foi aprovado por unanimidade e transcreve-se abaixo.

 

 

Voto de pesar e de total solidariedade

 

  1. No passado dia 15 de outubro, Portugal voltou a ser assolado pela catástrofe dos incêndios, com prejuízos ambientais inestimáveis, de bens e de vidas humanas. Facto que deve levar toda a sociedade a exigir uma legislação mais adequada à realidade e exigências do meio com o reforço da fiscalização e de meios operacionais para a prevenção e combate aos fogos florestais.
  2. A desertificação económica e humana de vastos territórios, pela liquidação de milhares de explorações agroflorestais; a falta de rentabilidade económica e a desenfreada expansão do eucalipto; o desordenamento florestal e a falta de cumprimento mínimo da Lei de Bases da Política Florestal, da Estratégia Nacional das Florestas e do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios – ao nível do cadastro, do número de equipas de sapadores, da liquidação dos guardas florestais, dos PROF, das redes de gestão de combustível e outras infraestruturas; as deficiências e carências do dispositivo de combate aos fogos; tudo isso e muito mais, não caiu do céu ou são fruto do acaso. Antes são a pesada factura dessas políticas agroflorestais, do encerramento e degradação de serviços públicos, entre os quais os do Ministério da Agricultura virados para a floresta; dos monopólios da madeira; das políticas de restrições orçamentais sujeitas ao Pacto de Estabilidade e Crescimento e à União Europeia!
  3. As condições climatéricas deste Verão foram únicas e terão estado na origem imediata da situação dramática que o país vive, mas é necessário sublinhar que as condições da Floresta Portuguesa, em que avulta a ausência de ordenamento agravada pela quase total ausência de prevenção estrutural, são o caldo de cultura que favorecem tais acontecimentos.
  4. A avaliação da situação e a identificação das medidas a tomar, quanto à situação da floresta portuguesa, ao estado da prevenção estrutural, das medidas de deteção e às deficiências na operação de combate estão feitas há muito, designadamente nos relatórios da Assembleia da República elaborados na sequência das vagas de incêndios de 2003, 2005, 2009 e 2013, diagnósticos e terapêuticas reafirmados, no essencial no Relatório da Comissão Técnica Independente, recentemente tornado público.
  5. A Assembleia da República aprovou uma Lei que estabelece “um conjunto de medidas urgentes de apoio às vítimas, dos incêndios florestais de Pedrógão Grande e de reforço da prevenção e combate aos incêndios”, mas a descoordenação do terreno e pode deixar muitos atingidos sem apoios, também pela falta de meios para as implementar.