Carrinha de apoio social
Tractor com carregador frontal e atrelado

A junta de freguesia de Fornos tem como único meio de transporte um “dumper” que se desdobra em múltiplas utilizações, sendo notório que é deficitário no desempenho das suas funções pois somente está vocacionado para transporte de pequenas cargas e é altamente poluente.

Comparativamente com outras freguesias de iguais dimensões, quer ao nível de população quer de área, a nossa freguesia é a menos equipada das 31 freguesias que compõem o concelho, no que se refere a este ou outro tipo de meios similares. Quase todas as freguesias dispõem de carrinhas próprias, que cumprem funções que vão desde o transporte de crianças e jovens das escolas e colectividades, transporte de idosos a consultas e tratamentos, indo inclusive ao serviço de farmácia móvel para idosos e incapacitados.

O simples deslocar de um elemento ou delegação da junta, a deslocação da funcionária aos correios ou serviços camarários é feita sempre em veículo individual do próprio. A aquisição de uma carrinha de transporte de passageiros ao fazer-se representará uma mais-valia mas carece de posterior regulamentação a sua utilização que deverá posteriormente ser divulgada à freguesia.  

 Afigura-se também como prioritária para a CDU, a aquisição de um tractor com carregador frontal e atrelado de carga, que possibilitará a estruturação de um sistema de recolha de monos/monstros e dará outra funcionalidade ao sistema de limpeza de estradas, pequenas obras e outras intervenções ou arranjos.

Assim, CDU Fornos propõe que se estabeleça um plano faseado para aquisição destes meios de que tanto carece a nossa freguesia. Existe uma franja da nossa população que por ser idosa e não dispor de meios familiares de apoio estão carentes deste tipo de apoio. São igualmente necessitadas as nossas instituições/associações que por serem de reduzida dimensão não dispõe de capacidade de serem auto-suficientes neste âmbito. As nossas escolas são igualmente prejudicadas em relação ao meio envolvente pois não têm ao dispor quando se propõem fazer visitas de proximidade ou deslocar elementos para determinados eventos onde não se justifica a utilização de um autocarro.

Como mero tipo de exemplo de comparação cumpre-nos referir que, as verbas que se gastam todos os anos em festividades de dois ou três dias no Verão seriam suficientes para proceder a estas prementes aquisições.

 


Recuperação e reabilitação do património construído

A freguesia de Fornos é pobre em património edificado ao longo da sua multissecular e rica história, sendo que, nos últimos anos tem sido proeminente o laxismo e o abandono a que foi votado o pouco que de interesse resta. São sinónimos do que atrás se disse o caso da capela de Santo António da Lage, do núcleo antigo da rua do mesmo nome, da Ponte da Ribeira de Água, do Senhor de Vieiros, dos moinhos de levadas.

No que se refere à “Capela de Santo António da Lage”sabe-se, e é do conhecimento da generalidade da população, que já por diversas vezes foram disponibilizadas verbas de comissões de festas da Senhora da Saúde para se recuperar e reabilitar a capela da Lage. Sabe-se que a anterior junta alegava diferendos entre a “arquitecta” e o Sr. Padre José Alves de Pinho e, entre estes quiproquós de décadas o imóvel avança a olhos vistos para a derrocada. É igualmente urgente a preservação do que resta do núcleo de imóveis que existem na sua envolvência fazendo-se igualmente e se possível a sua recuperação e enquadramento com as restantes construções existentes nas envolvência.

No que se reporta aos “Senhor de Vieiros”, a intervenção que se justifica é exactamente no sentido de se recuperar o mesmo na sua pureza e traça inicial. Deve o mesmo na nossa opinião ser depurado de todas as intervenções que se verificaram sem qualquer critério e tantas vezes feitas por populares, que o desvirtuaram e descaracterizaram. Merece em nossa opinião que se removam todos os materiais menos nobres (azulejos de cozinha, cobertura em betão pintada a tinta plástica) e se construa em “materiais da terra” como o granito, a madeira e o barro, que eram os usados na época da sua construção.

 São também urgentes intervenções na ponte de Ribeira de Água, começando por se fazer um plano de desvio das águas pluviais, limpeza dos silvados e infestantes e posteriormente um estudo arquitectónico de reabilitação e devolução da mesma às suas funções, quiçá integrando-a num percurso pedonal da “Fonte da Rainha”.

É igualmente urgente, o levantamento de situação de todos os moinhos de levada, quer seja ao nível de degradação, quer seja no que se refere ao conhecimento de quem são os seus actuais proprietários. Deve perspectivar-se desde já, que para anos futuros ali possa vir a ser projectado e construído um parque de moagem, que integre uma vertente ambiental, lúdica e de desporto, como a CDU sempre para ali reivindicou. Será de ponderar a sua futura aquisição e preservação, enquanto património imorredoiro.

Para a CDU Fornos é igualmente pertinente a recuperação de todos os fontanários e tanques de lavar roupa públicos, que em grande parte da freguesia estão ao abandono, sendo essa intervenção mais urgente nos casos dos tanques dos lugares do Carvalheiro e Farinheiro. 

 


Parque “Manuel Mota”e recinto de estacionamento

Sendo sem dúvida um dos espaços da freguesia mais conhecido e visitado, não deixa no entanto de nos merecer os seguintes reparos:

A CDU propõe que se faça a marcação dos lugares de estacionamento de modo a rentabilizar ao máximo a sua ocupação enquanto espaço para tal. Deve igualmente ser organizada uma postura de circulação dentro do espaço.

É inadmissível que se mantenha um caixote de areia insalubre, anos após anos no local, ocupando cerca de um sexto da sua área, pretensamente para que aí uns quantos meninos “pratiquem Voleibol de praia” uma vez por ano na época de Verão.

 O Parque Infantil, que é vizinho do anterior espaço, padece igualmente do mesmo problema de salubridade, pelo que deve igualmente ser intervencionado, no sentido de receber um piso de borracha como preconiza a lei. (até a remodelação ser feita o mesmo deveria ser encerrado a fim de impedir a sua utilização, pois sendo a junta a responsável pelo espaço, responderá por tudo o que nele acontecer).

Toda a zona envolvente da igreja matriz, bem como outros locais da freguesia a ponderar deverão ser equipada com cestos do lixo/papéis em quantidade e de um modelo que siga um critério uniforme para toda a freguesia.

Faltam rampas de acesso nos passeios para peões, que possibilitem a todos os cidadãos diminuídos ou limitados na sua mobilidade aceder aos mesmos.
O terreno que se julga servirá como área de construção do futuro edifício sede da junta, está a funcionar nos dias de hoje como zona de estaleiro de materiais e entulhos, sendo que em nossa opinião o mesmo deveria ser vedado quanto mais não seja por questões de segurança de pessoas, evitando-se assim igualmente possíveis roubos de materiais.

 

 Construção de rotunda no cruzamento da antiga “loja do Lino”

Sendo sem qualquer sombra de dúvida o sitio mais problemático no que se refere a sinistralidade na nossa freguesia (só no ano de 2008 se registaram ali 5 acidentes com gravidade) a CDU é de opinião que se estabeleça negociações com os legítimos proprietários dos imóveis que eram propriedade do falecido sr. Álvaro, para assim se resolver de vez aquilo que outros foram deixando arrastar em delongas e desculpas.

A resolução do principal ponto negro na circulação rodoviária da freguesia deve revestir-se da maior brevidade, e, não se compadece com o interesse de terceiros que simplesmente visam o lucro pessoal como foi o caso da “solução” dos terrenos da serração do “Giro”

 

Parque escolar da freguesia

Segundo a carta educativa do município da Feira para o 1º ciclo e Pré-primário (que a seguir se transcreve), a freguesia de Fornos irá usufruir de um centro escolar para o 1º ciclo no lugar do Ribeiro sendo que, a escola de 1º ciclo do Farinheiro passará a ser um Jardim infantil com dimensão para toda a freguesia. Da leitura da Carta Educativa transcreve-se a análise:


                                                                                                 Carta Educativa de Santa Maria da Feira
                                                                                                                               Anexo: “Análise por agrupamento”
                                                                                                                               Abril de 2005

Nenhum dos jardins-de-infância possui refeitório. As crianças dos três jardins deslocam-se ao Centro Social e Paroquial de Fornos para comerem a sua refeição, de acordo protocolo assinado com a Câmara Municipal.
As salas disponíveis na freguesia permitem a frequência de 75 crianças o que apenas permite cobrir cerca de 85% das necessidades da população entre os 3 e 5 anos de idade que nela habita.

Existem duas escolas do 1º ciclo do ensino básico, na freguesia de Fornos:
EB1 do Farinheiro
EB1 do Ribeiro
No conjunto funcionam 6 turmas em 5 salas. Nenhuma das duas escolas possui quatro ou mais salas, nem funciona com uma turma por cada ano de escolaridade.
O número de crianças que frequenta o 1º ciclo na freguesia é de 113, em 2004-2005, a que corresponde uma taxa de escolarização muito baixa de 84%. A proximidade da sede do concelho poderá explicar esta taxa, pelo facto dos pais preferirem que as crianças frequentem uma escola no centro da cidade, mais próxima dos seus empregos.

A proposta final de actuação para a freguesia de Fornos foi a seguinte:
                                                                                                                                Carta Educativa de Santa Maria da Feira
                                                                                                                                Anexo: “Análise por agrupamento”
                                                                                                                                Abril de 2005

Propostas de Actuação

As condições em que se encontra instalado o pré-escolar na freguesia não são as melhores.

Por outro lado, as escolas do 1º ciclo têm uma dimensão reduzida que não permite um bom desenvolvimento do projecto educativo.

Nestas condições, propõe-se que a EB1 do Ribeiro seja ampliada, passando a dispor de seis salas de aula e as estruturas complementares necessárias de modo a poder reunir os alunos deste ciclo da freguesia.

A EB1 do Farinheiro deverá ser convertida em jardim-de-infância de modo a poder receber duas salas de pré-escolar.

 

A falta de coragem política do anterior executivo da junta de freguesia levou a que se escondesse as propostas contidas na Carta Educativa fazendo assim com que a freguesia fosse assim prejudicada pois cerca de vinte já assistem ao desenvolvimento das obras no terreno ou à fase de concurso público.

Para a CDU de Fornos não existem equívocos, deve cumprir-se com a carta, dando-se cumprimento ao desígnio do benemérito Elias da Silva Santos quando doou o agora Centro Cultural e terrenos envolventes ou seja, com o fim de que aí as crianças de Fornos tivessem uma escola para aprender a ler.

Enquanto não se cumpre com a carta educativa, a CDU Fornos acha que se deve de imediato procurar dar alguma dignidade ao Jardim Infantil do Farinheiro, pois o mesmo é um tugúrio pouco digno e pouco saudável para receber crianças de tenra idade.

A CDU Fornos, não querendo de todo entrar em conflitos com as instituições e associações entretanto instaladas nos terrenos doados por Elias da Silva Santos (em alguns casos clandestinamente como a columbófila que nem planta de construção tem, ou os pré-fabricados instalados em frente) acha que se deveria proceder à demolição do ringue desportivo e dos seus balneários (a freguesia dispõe de outro completamente desaproveitado) que se encontram com os seus mais de trinta anos de existência em adiantado estado de degradação (no caso dos balneários estes estão completamente destruídos/vandalizados e deitados ao abandono). Estes terrenos assim disponibilizados, serviriam na íntegra para aquilo que a carta preconiza, com a vantagem de se poderem poupar avultadas quantias, que se teriam de gastar para adquirir um terreno que nunca teria esta centralidade e exposição solar. Esta localização permitiria igualmente o estabelecimento de protocolos com o Conservatório de Música, dos quais poderiam beneficiar todos os intervenientes.

Dado que a localização deste ringue desportivo foi sempre motivo de litígio com os moradores vizinhos, seria de todo pertinente que a via de acesso à Columbofilia e Conservatório de Musica passasse a ser lateral, mais concretamente do lado do Sr. Américo Pinho, passando o estabelecimento escolar a ter entrada autónoma, acabando assim os problemas de segurança que sempre atormentaram professores e pais e que nunca foram resolvidos.

A CDU Fornos gostaria igualmente de propor, apesar de não se prender com questões de educação da freguesia, a construção de uma paragem de autocarro para servir as crianças da zona do “Docinho das Corgas” pois as mesmas que são em relevante número, deslocam-se diariamente uma considerável distância, tantas vezes de noite e à chuva.

 

P’la Coligação Democrática Unitária de Fornos


Manuel Soares da Silva
(eleito na Assembleia de Freguesia)