Concelho

Comunicado à Imprensa

O encerramento do Balcão dos CTT de Paços de Brandão confirma a concretização de uma política de destruição do serviço público, com consequências profundamente negativas para as populações e empresas que recorrem ao serviço postal e a outras funções asseguradas pelos CTT.

A “solução” encontrada entre a administração dos CTT e a Junta de Freguesia, com a entrega de serviços a uma empresa particular, não irá corresponder às necessidades da população como comprovado anteriormente em localidades onde o mesmo aconteceu.

Hoje o balcão dos CTT serve uma vasta população envelhecida, onde os transportes públicos são quase inexistentes e os correios desempenham um papel de serviço de proximidade imprescindível.

A troca por um “balcão de mercearia” leva-nos a questionar:
- Terá este estabelecimento disponibilidade financeira para o pagamento das pensões de reforma todos os meses?
- Existirá um marco de correio onde se garanta o sigilo postal?
- Os restantes serviços diários serão assegurados com o mesmo profissionalismo?
- Dado o movimento no actual balcão, é possível garantir que o novo estabelecimento dará resposta pronta aos utentes, ou tornar-se-á um lugar de longas esperas?

Prosseguindo a sua linha economicista, sem atender às gravíssimas consequências da sua decisão, a administração dos CTT veio divulgar mais um número significativo de encerramentos de postos dos correios em todo o país, entre eles na Freguesia de Paços de Brandão.

Trata-se de um novo ataque ao funcionamento dos serviços públicos, de resto inserida na privatização dos CTT, decidida pelo Governo PSD /CDS e que tem levado à degradação e constantes atrasos do serviço postal, afectando toda a população, ao despedimento dos seus trabalhadores, sem olhar a meios para atingir o seu único objectivo: maximizar os lucros em benefício exclusivo dos accionistas

Na passada segunda-feira a CDU/Fiães entregou 16 propostas, umas para serem inseridas no Orçamento 2018 da Freguesia e outras para figurarem no plano estratégico de desenvolvimento de Fiães.

Abaixo, apresenta-se o texto entregue ao executivo da Junta de Freguesia de Fiães.

 

Propostas da CDU para a Freguesia de Fiães

Tratando-se do primeiro ano deste novo mandato, parece-nos importante apresentar propostas que deverão ser realidade a curto, médio e algumas a longo prazo na nossa Freguesia. Ressalvamos ainda que algumas das propostas apresentadas são de responsabilidade da Câmara Municipal e que a Junta de Freguesia não possui orçamento efetivo para a sua realização. Todavia sendo a Junta de Freguesia o órgão, por direito, representativo da Freguesia de Fiães, cabe-lhe a solicitação e exigência do suprimento das necessidades da cidade.

Proposta 1 

Encetar esforços para uma maior dinamização cultural na área da freguesia, nomeadamente, verão promovendo sessões de cinema ao ar livre e a dinamização de uma biblioteca de jardim.

Proposta 2

Como é do conhecimento geral, o Passadiço das Ribeiras é atravessado, em Fiães, pela Estrada Nacional 326. Todavia no local, onde este verão existiu a concessão de uma esplanada, não existe uma passadeira para peões, passeios ou mesmo iluminação pública que faça cobro às necessidades. Não obstante da passagem sob a ponte da estrada nacional (que não será útil em períodos de pluviosidade) há a necessidade de reabilitar o espaço tornando-o mais seguro

Assim, entende-se como fundamental o encetar de esforços junto da Infraestruturas de Portugal (entidade responsável pela via) para a colocação de sinalética que vise a redução da velocidade por parte dos automobilistas, a informação relativa à continua presença de peões e a colocação de uma passadeira para peões.

É ainda necessário solicitar o reforço da iluminação pública do local e proceder à criação de passeios junto das duas laterais da estrada nacional.

Surgiu recentemente um estudo independente do novo Observatório Nacional da Administração Pública, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, sobre a evolução do desemprego nos diferentes concelhos do País.

Não sendo propriamente novidade, já que vem confirmar estatisticamente dados e constatações há muito sustentadas pelo PCP, aquele estudo, no caso particular do Concelho de Stª Mª da Feira, contraria em absoluto as teses tão apregoadas do Senhor Presidente da Câmara de diminuição acentuada de desemprego no mesmo, como, inclusive, de obra sua se tratasse

A verdade nua e crua é que, segundo o citado estudo, não obstante se registar na maioria dos Concelhos a norte uma diminuição do desemprego, em Stª Mª da Feira ao invés este cresce 0,32%!

Mas, claro que não é só por estes números que se pode ver a evolução do desemprego no País e no Concelho.

Igualmente no que se refere ao emprego criado, como não nos temos cansado de alertar, na sua esmagadora maioria é precário (estudos recentes apontam para mais de 80 % dos postos de trabalho criados, entre Outubro de 2013 e Junho deste ano, serem por meio de vínculos precários e com salários próximos do salário mínimo nacional).