“Só nos tempos de crise a imaginação é mais importante que o conhecimento” (Albert Einstein)
No passado dia 21 de Abril realizou-se uma Assembleia de Freguesia de Fornos, convocada com carácter ordinário. Manuel Soares da Silva, como eleito da Coligação Democrática Unitária compareceu, como aliás é seu timbre, levando em mãos as propostas e as duvidas suscitadas pela análise feita em colectivo, dos documentos enviados previamente pela presidente da assembleia.
Convém desde logo referir a forma depreciativa com que alguns dos eleitos de outras forças políticas tratam estas reuniões, pois não primam pela pontualidade fazendo assim com que o inicio das mesmas se atrase na espera por quórum necessário aos trabalhos.
A CDU apresentou uma vez mais as suas propostas e levantou as questões que achou pertinentes para as quais sugerimos a particular atenção de todos os Fornenses.
Assim, e dado o estado actual das finanças do país e da freguesia, entendemos que as contas têm de ser completamente claras e entendíveis pelo comum dos cidadãos, o que não se verifica. Continuam a ser usadas estratégias de “verdadeira engenharia económica” ao fazerem-se deslocar verbas de umas rubricas para outras, sem o prévio aval da assembleia de freguesia ou respectivo orçamento rectificativo. Para além do cunho de ilegalidade de que se revestem esses actos não deixa de ser caricato de se verificar tal situação na rubrica “actividades sociais ….e outros” precisamente no pelouro das festinhas e afins.
No discorrer da análise das contas apresentadas ficamos verdadeiramente estupefactos ao verificar que foram gastos em escassos meses 2500 euros para aquisição de herbicidas. Já em outras alturas e por formas diversas, tínhamos mostrado o nosso completo desagrado e veemente protesto, quanto ao uso de herbicidas nos espaços e na via pública. Na nossa opinião, essa verba dava para pagar meio ano de salário a um homem a contratar para limpar valetas e o efeito seria bem menos nocivo para o ambiente. Esta estratégia impera um pouco por todo o lado, sendo ainda mais caricato o facto de se estarem a matar ervas infestantes anuais, que voltarão a nascer irremediavelmente.
Questionado o executivo da junta sobre a apresentação de contas ou não, por parte das associações que receberam verbas da junta, foi-nos referido que só uma não o tinha feito com a devida correcção. Entendemos então por bem pedir que nos fosse facultada uma cópia das mesmas, o que foi peremptoriamente recusado pelo executivo da junta. Ora, a fiscalização dos actos da junta é uma das prerrogativas que nos assiste enquanto eleitos da Assembleia de Freguesia de Fornos, da qual não abdicaremos. Não se pense no entanto que este executivo PSD com tiques ditatoriais nos atemoriza negando o acesso as mesmas, pois iremos pedir formalmente por escrito e ao abrigo do Código de Procedimento Administrativo, aquilo a que sabemos ter livre acesso por lei.
Por fim questionamos a atitude deste executivo que passou a proceder como em tempos criticava quando era oposição, colocando os funcionários da junta a fazer serviços que deveriam ser executados pelos privados e distribuindo os ramos e pernadas resultantes de podas de árvores aos amigos do costume, quando a venda das mesas poderiam resultar em fundos para os cofres da junta.
Como se depreende votamos contra as contas apresentadas, pois, para a CDU Fornos a generalidade das opções tomadas pelo executivo PSD continuam a não apontar uma verdadeira alteração de políticas em relação ao executivo anterior, de colorido socialistas, que tanto criticaram e agora copiam na sua pior versão.
P’la CDU Fornos
Manuel Soares da Silva