Resolução Berès, Harkin – sobre o futuro do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização

B7-0521/2011

 

29/09/2011

Votamos favoravelmente esta resolução, embora discordemos de alguns pontos, designadamente da visão que tem sobre a Estratégia 2020.

 

Por outro lado, sabemos que o FEG surge apenas como um paliativo perante o agravamento do desemprego decorrente de políticas estruturais da União Europeia que põem em causa o seu sector industrial e facilitam a vida das multinacionais que não assumem qualquer responsabilidade social.

Além disso, o FEG utiliza critérios de financiamento que são profundamente injustos e conduzem a situações, como as que ainda tivemos nesta sessão plenária, em que aprovamos para um número similar de trabalhadores, mobilizações do FEG que atribuíram à Alemanha cerca de 4, 4 milhões de euros, à Dinamarca cerca de 3,9 e a Portugal apenas 1,4 milhões de euros, sendo que é este o país que se encontra em pior situação.

Sublinhamos o aspecto positivo da Resolução que pretende alterar a elevada taxa de co-financiamento exigida aos Estados-Membros, de 35% do montante global previsto. Para minorar esta situação, esperemos que a Comissão Europeia tenha em conta a necessidade de alterar o co-financiamento nacional, visando uma aproximação da nossa proposta de redução para apenas 5%, sobretudo para os países em condições financeiras frágeis, como Portugal.