1.Objectivos e enquadramento da Assembleia

Passados mais de 2 anos sobre a realização da nossa última Assembleia (Março de 2009), constata-se no país um sério agravamento da situação económica e social. Em consequência do pacto de agressão e submissão acordado por PS/ PSD e CDS com a troika, está em marcha um autêntico saque ao bolso dos trabalhadores e pensionistas, bem como um plano de destruição de importantes direitos laborais e sociais.
Pode-se mesmo afirmar que estamos perante a maior ofensiva após o 25 de Abril, visando a descaracterização e subversão total das suas conquistas e do próprio regime democrático.
O sector corticeiro não é excepção a esse agravamento. Bem pelo contrário. Nestes dois anos e meio, encerraram numerosas empresas deste sector, algumas das quais lançando no desemprego muitas centenas de trabalhadores como no caso do grupo Suberus; aumentou a precariedade, a exploração e o ataque aos mais elementares direitos; sucederam-se os atrasos no pagamento de salários e subsídios em diversas unidades industriais (Juvenal, Acácio Coelho, Coelhocork, entre outras); muito pouco se avançou na eliminação da discriminação salarial entre homens e mulheres para trabalho igual que aqui lamentavelmente se mantêm.
Enquanto as pequenas e médias empresas corticeiras se debatem com crescentes dificuldades no acesso ao crédito e com falta de apoios, os grandes grupos do sector tendem a cilindrar tudo e todos e a concentrar nas suas mãos cada vez mais poder e património.
É precisamente contra todo este quadro de exploração e empobrecimento, de injustiças e desigualdades sociais, que o PCP exorta à luta e à resistência dos trabalhadores corticeiros e que terá por certo na greve geral do dia 24 de Novembro uma poderosa expressão.

                              
  2. A organização do Partido.

Mas para intensificar a luta e a resposta dos trabalhadores corticeiros a toda esta ofensiva é determinante a melhoria da organização e o reforço do PCP no sector. Por isso apontamos as seguintes medidas e tarefas:

 A)- Consolidar e tornar mais regular o funcionamento do organismo dos corticeiros do PCP.

 B)-  Recrutar novos membros para o Partido entre os trabalhadores corticeiros.

 C)- Melhorar a ligação e o acompanhamento dos problemas sociais e laborais do sector, bem como a intervenção e a edição mais frequente de tomadas de posição e comunicados sobre os mesmos.

 D)- Alargar a difusão do Avante, tanto através da venda militante ( mais 2 exemplares ) como da sua promoção à porta das empresas. 

 E)- Aumentar o nível de receitas por via de um maior número de camaradas a pagar quotas e por uma maior participação nas campanhas de fundos.
  
                           AVANTE POR UM PCP MAIS FORTE!