A câmara municipal de Santa Maria da Feira exibe com grande garbo na sua página da educação o facto de pertencer à Associação Internacional das Cidades Educadoras, movimento criado em Barcelona, em 1990, e que é constituído por várias cidades a nível mundial, representadas pelas suas autarquias, da qual fazem parte, atualmente, 300 municípios de 34 países.

  

A peculiaridade deste projeto centra-se na ideia de que a cidade é por si só geradora de educação para os seus habitantes, contendo nela própria elementos fundamentais para uma formação integral dos seus habitantes.

 

  O conceito inovador desta associação centra-se na promoção e intercâmbio de experiências, quer a nível nacional, quer internacional e visa colaborar com organismos como a ONU, UNESCO, entre outros.

 

  Assim e numa busca incansável da procura desse desiderato que é educar os feirenses, a câmara promoveu um concurso de hasta pública para a concessão de uso privativo de área de domínio público com quiosque, sita na rua Manuel Laranjeira. O que não sabiam os leitores do edital público que publicitava o mesmo, até porque não o referia, é que a zona de implantação do referido quiosque é, nem mais nem menos à entrada da Escola Básica Fernando Pessoa. Ficaram a sabê-lo quando viram Fernando Leão, o sempre solicito presidente de junta da União de freguesias da Feira e anexas, a transportar o quiosque até agora apelidado de “Festa encantada” que se encontrava desativado, por falta de interessados na sua exploração, junto do entroncamento de estradas após a rotunda do cubo no sentido da casa conhecida como casa do “vira-vento”. Mais uma brilhante e verdadeira parceria pedagógica entre a junta e a câmara municipal feirense.

 

 Trata-se igualmente e sem sombra de dúvida, de num golpe de verdadeiro génio de empreendedorismo laranja, pois, colocar este mesmo quiosque de venda de guloseimas, paredes meias com a entrada das novas instalações da Escola Básica Fernando Pessoa não está ao alcance de qualquer mente vulgar.

 

 

 Como se depreende, a escola na sua constante procura de métodos e meios para levar a bom porto os seus objetivos de ensinar os jovens a aprenderem e a praticarem os princípios de uma alimentação saudável, só pode estar grata por tão brilhante decisão. Estamos inclusive convictos que outras escolas avançarão no sentido de que se lhes seja oferecido igual presente. Não temos conhecimento de qual é o entender da associação de pais da escola Fernando Pessoa mas, por certo, será de extrema gratidão para com a autarquia feirense na pessoa do seu presidente e da sua vereadora da educação.

 

 Como se vê nesta câmara social-democrata feirense, a cada cavadela corresponde sua minhoca, ou melhor, seu quiosque.

 

Saudações ecologistas

 

 

Antero Resende