É chegado o momento de fazer o balanço deste mandato que agora termina. Mandato que se iniciou como, se bem se recordam, sendo um “novo ciclo”, mas que em muitos dos aspetos da vida de todos os feirenses o ciclo manteve-se.

Todavia há aspetos positivos a destacar como, a recuperação do António Lamoso ou a saída do Plano Diretor Municipal da gaveta (concorde-se ou não com este). No entanto, muitos outros ficaram por resolver como: o centro coordenador de transporte; rede viária; aspetos de mobilidade e transportes públicos; problemas ambientais como lixeiras e águas poluídas; reabilitação do complexo desportivo de Sanfins; reabilitação de diversas zonas industriais; descentralização da cultura; e no nosso entender a remunicipalização da água entre outros.

Porém, interessa é o balanço do mandato da CDU – Coligação Democrática Unitária, uma vez que sou do entendimento que qualquer eleito o deve fazer ao seu eleitorado, ainda que, aqui, de forma sintética.

Este mandato foi marcado por uma intensa atividade que culminou com o apresentar listas a todos os órgãos autárquicos do município (vinte e uma Assembleias de Freguesia, Assembleia e Câmara Municipal), envolvendo perto de três centenas de candidatos.

Contrariamente a outras forças que apregoam terem realizado trabalho, a CDU realizou-o mesmo e não somente aquando das reuniões da Assembleia Municipal. Pois, somos do entendimento que a ação de um deputado municipal não se esgota somente no ato da reunião, mas que deve ser pautado por um constante contacto com as populações e defesa dos seus interesses. Esta ação constante nos últimos 4 anos levou a que muitos vejam a CDU como “a voz dos feirenses” nos diversos órgãos onde tem representação.

A nossa ação, tida como responsável, coerente, participativa e presente valeu também o reconhecimento de outras forças políticas que veem a CDU como fundamental nos desígnios e na resolução dos problemas do município.

Foram largas dezenas de requerimentos apresentados, tantos que em números arredondados dava um por cada três semanas de mandato (o que representa dezenas de visitas e contactos com a população). Estes requerimentos, permitiram trazer à discussão, pressionar o executivo e levar à solução de inúmeros problemas como: a falta de condições e seguros dos parques infantis; descargas poluentes para rios; lixeiras a céu aberto; falhas no transporte escolar; obras municipais paradas; questão dos recibos verdes dos professores de AEC; atentados ambientais…E o rol será bem mais longo se quisermos ser exaustivos.

No entanto, não nos ficamos somente pelos requerimentos ao executivo. Fizemos ações de luta como pelo ressarcimento do valor pago pela ilegal cobrança dos ramais de água que originou a recolha de um abaixo-assinado por nós organizado. Ou ainda a luta pelo cumprimento do acordo relativo ao estacionamento pago em Santa Maria da Feira (ainda com um abaixo-assinado a decorrer).

Com exceção de um ano, apresentamos sempre propostas para as Grande Opções do Plano anual da Câmara Municipal. O que no total perfaz cerca de uma centena de propostas só num ato (mais do que as propostas apresentadas em todo o mandato por todas as outras forças com assento na Assembleia Municipal juntas).

Apresentamos, ainda, algumas dezenas de recomendações à Câmara Municipal, tendo a sua maioria sido reprovadas pelos partidos mais à direita, no seu conjunto ou somente o PSD. Porém, algumas tiveram aprovação como seja: o reforço da educação ambiental das nossas crianças e jovens; reabilitação da Quinta do Castelo; comemoração dos 40 anos do 25 de Abril alargadas a todas as escolas; comemoração e dar a conhecer às crianças e jovens a Constituição da República Portuguesa…

Manifestamo-nos, sempre contra o encerramento e privatização de serviços públicos no município.

Debatemo-nos sempre pela reposição das Freguesias extintas. Facto que já neste ano reuniu total consenso em torno de uma Moção, por nós apresentada, que foi mesmo aprovada por unanimidade e que se refletiu num passo importante para a reposição das mesmas em breve.

A nossa ação não se restringiu somente a ações no município. Trabalhamos também no âmbito da Assembleia da República para a resolução de inúmeros problemas do município e debatemo-nos sempre pela unidade do mesmo, mantendo uma posição coerente em defesa das populações, tanto cá como em “São Bento”, contrariamente a posições antagónicas apresentadas por outras forças. Participamos, ainda, em ações nacionais de luta pelos direitos e igualdade, como a Manifestação Nacional de Mulheres em março último.

Somos uma força projetada para o futuro, somos até ao momento os que mais propostas apresentaram para o próximo mandato. Sempre com o desiderato de que o que anunciamos é para se cumprir, ou não fosse esse o selo de qualidade da CDU.

Toda esta ação deste coletivo que é a CDU permitiu o reforço daquela que há quatro anos foi a nível de órgãos municipais (Câmara e Assembleia Municipal) a terceira força em quem os feirenses mais confiaram. Recordando que temos apenas um eleito da Assembleia Municipal, que é necessária uma maior dispersão dos eleitos que leve os partidos mais votados a terem de negociar. Esta dispersão originará certamente uma gestão autárquica mais plural. Pelo trabalho realizado, esta dispersão deverá passar pelo reforço da CDU. Assim, assumimos a necessidade de que todos deem força ao voto, sendo mesmo o nosso lema nestas Eleições Autárquicas – A Força do Teu Voto!