Filipe MoreiraÉ incompreensível e não pode continuar esta situação em que por um lado há mais de 700 mil desempregados e ao mesmo tempo o país está dependente (em aspectos essenciais como o abastecimento de produtos alimentares de que precisa) da importação.

 São estes os desígnios das políticas de direita que anos após ano têm devastado o nosso país e o nosso concelho em especial.

O concelho de Sª Mª da Feira tem sido dos concelhos mais afectados pela crise que muitos tentam empurrar para causas internacionais quando todos se vão apercebendo dessa mentira (como demonstram os mais recentes valores do gabinete de estatísticas da Comissão Europeia), não existe agora qualquer dúvida que a crise se deve essencialmente às politicas levadas a cabo pelo PS e PSD com ou sem a sua dama de companhia (CDS\PP).

Olhemos com atenção para os valores do desemprego no nosso concelho.

Em Janeiro passado o número de desempregados inscritos no centro de emprego era de 9474, destes 4131 são do sexo masculino e 5343 do sexo feminino. 3806 estão sem emprego à mais de um ano e 659 estão à procura do primeiro emprego. A faixa etária mais afectada é a dos 35-54 anos (4487 inscritos) seguida da 25-34 anos (1882 inscritos) sendo que existem 1270 jovens com menos de 25 anos inscritos no centro de emprego.

 A realidade é ainda mais desanimadora quando se comparam os valores de 2010 com os do ano anterior e se verifica que o número de desempregados no concelho tem vindo a aumentar, tendo estagnado apenas nos meses de Junho e Julho do ano de 2009.

 Num ano o número subiu de 6860 (em Janeiro de 2009) para 9172 (em Dezembro de 2009), sendo que em Janeiro último subiu para 9474 como fora já referido.

 Contudo julgo que basta olhar para o caso da Rohde que é bem revelador da falta de vontade política e de medidas efectivas que defendam, neste caso o investimento, a produção e o consequente emprego, para verificarmos mais uma vez que as entidades politicas no poder nada pretendem fazer para inverter esta situação.

 Vivemos num dos concelhos mais desiguais do nosso país onde coabitam o grande capital tendo como maior personificação aquele que foi recentemente considerado o mais rico de Portugal com a maior taxa de desemprego do distrito a par do trabalho precário.

 Este último parágrafo resume na perfeição o rumo que as politicas de direita pretendem, o rumo da desigualdade social.