Com a situação económica e social a degradar-se de dia para dia, com a pobreza e a exclusão social a alastrarem a um ritmo sem precedentes, com a recessão a agravar-se cada vez que se faz um diagnóstico, com o desemprego a subir a cada dia que passa, com os feirenses a terem a consciência plena de que a situação hoje é pior do que ontem e que amanhã será certamente pior do que hoje, só há uma conclusão a tirar: quanto mais depressa procurarmos caminhos alternativos tanto melhor para os feirenses, para a Feira e para o País; quanto mais depressa este poder PSD deixar de comandar os destinos do município, tanto melhor para os feirenses, porque as políticas de direita não são o caminho.
 
Temos uma câmara que não tem sequer a humildade de aprender com os erros, uma câmara que se mostra completamente incapaz de compreender que os feirenses não vivem das previsões do Sr. vereador plenipotenciário Emídio Sousa, uma câmara que semeia desemprego, que multiplica a pobreza e a única resposta que tem para dar aos feirenses é abrir cantinas sociais e “esmolejar”, é uma câmara que apenas continua em funções porque os feirenses estão órfãos de verdadeiras politicas de desenvolvimento, um desenvolvimento que se quer sustentável dizemos nós. O conceito de desenvolvimento sustentável tem uma conotação extremamente positiva. Tanto o Banco Mundial, quanto a UNESCO e outras entidades internacionais adotaram-no para marcar uma nova filosofia do desenvolvimento que combina eficiência económica com justiça social e prudência ecológica.
 
Basta confrontar as políticas desta câmara PSD com os seus resultados para se perceber que assim não vamos lá. A dívida acumulada por 38 anos de PSD não para de crescer, ultrapassou os 70 milhões de euros e entrou numa rota insustentável. O mais caricato de tudo isto, é que não foi constituída para o município crescer, qualificar-se  ou estruturar-se para o futuro.
 
Não há dúvida que a realidade fala e tira as lógicas por si. Portanto, a câmara sabe que a dinamização da economia passará pela dinamização da economia interna. E há aqui um fator que está a ser completamente truncado pela câmara: é que as pessoas precisam de ganhar poder de compra para poderem ajudar a dinamizar essa economia, porque é o que as empresas feirenses precisam. O que mais inquieta os feirenses é perceber que a câmara PSD não está a fazer absolutamente nada para contrariar esta tendência. A câmara não consegue evitar esta onda gigantesca de falências de pequenas e médias empresas, que se sucedem, aliás, a um ritmo nunca visto.
 
Não é necessário ser Nobel da Economia para perceber que uma dívida não se paga com sacrifícios em cima de sacrifícios. Ora, para pôr o município a produzir é preciso investimento público de qualidade, e é aqui que entra a necessidade de sermos fracturantes e deixarmo-nos de políticas folclóricas e festarolas. 
 
Devemos potenciar o desenvolvimento económico, que conceituamos como sendo o crescimento económico acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura económica. 
 
Devemos fazer a aposta nos recursos locais, na valorização daquelas que são as potencialidades do território e das suas gentes e no estímulo das parcerias e da proximidade entre a autarquia e o setor empresarial. Temos igualmente de aumentar potencial científico e tecnológico das nossas gentes e o grau de alfabetização e instrução.
 
A publicidade de campanha do PSD fazem-me lembrar aqueles anúncios publicitários que no fim dizem: «não dispensa a consulta do prospeto».
Se calhar, digo eu, em jeito de nota de rodapé deveriam ter igualmente escrito «não dispensa o confronto com os factos».