A CDU parte para estas eleições com a confiança alicerçada num longo e profícuo trabalho de décadas, ao longo das quais, dentro e fora das instituições europeias sempre se bateu pela soberania de Portugal e pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo português.
Estas eleições assumem um significado especial na medida em que se completam três anos sobre o pacto de agressão subscrito por PS, PSD e CDS. Um período de enorme retrocesso económico e social que confirma o mais completo fracasso das políticas da União Europeia aplicadas com o consentimento e o apoio dos três partidos do pacto. Estes mesmos partidos que, perante o fracasso das suas politicas, propõem mais integração, ou seja, o aprofundamento das causas que afundam o país e colocam cada
vez mais em causa a sua soberania.


Nós afirmamos que o reforço da CDU nas eleições do próximo dia 25 de Maio tem um duplo sentido. Permite que mais deputados da CDU, claramente comprometidos com a soberania nacional e o desenvolvimento de Portugal, possam trabalhar mais e melhor na denúncia, no combate e na construção de uma verdadeira alternativa política, patriótica e de esquerda. Por outro lado, constitui um factor essencial para conduzir à demissão do governo e à convocação de eleições antecipadas, para contribuir para a derrota da política de direita, para assegurar a devolução dos salários e direitos roubados, para afirmar e defender os interesses nacionais e para abrir caminho a uma verdadeira alternativa.

Conforme temos dito, a CDU afirma-se como a candidatura patriótica e de esquerda que defende no parlamento europeu a nossa produção, a nossa agricultura e pescas, os serviços públicos e a protecção social. Contrariando os partidos da troika que procuram já situar o debate das europeias no plano da semântica à volta das instituições europeias e dos tratados, a CDU compromete-se a trazer para o primeiro plano da sua campanha eleitoral a realidade dos problemas vividos hoje pela esmagadora maioria dos portugueses. Problemas estes que decorrem na sua maior parte das politicas neoliberais impostas pela União Europeia e aplaudidas de pé pelos partidos do arco da governação.

Depois de mais de três décadas em que PSD e PS, com ou sem o CDS, se alternaram na governação do País, e passados três anos sobre o Pacto de Agressão, o País confronta-se com a mais longa recessão económica da sua história contemporânea com o PIB a regredir 5,2%, ou seja, a regredir para níveis de há 12 anos. O investimento caiu cerca de 24%. O desemprego em sentido lato ultrapassa já largamente os 20% da população activa. Ao mesmo tempo, nestes três anos de pacto de agressão, as 25 maiores fortunas aumentaram o seu pecúlio em 16%, e em que o número de novos milionários cresceu mais de 10%.

Apesar de todas as manobras de diversão, através das quais os partidos da governação, PS, PSD e CDS, procuram esconder a sua convergência em todas as questões estruturantes da União Europeia e as suas próprias responsabilidades para o actual estado do país, nunca como hoje foi tão evidente a relação entre os principais problemas do País e os constrangimentos impostos pela União Europeia.

Neste sentido, a população do distrito de Aveiro e em particular do concelho da Feira têm no próximo dia 25 de Maio uma oportunidade de mostrar o seu descontentamento face a este descalabro, criando ao mesmo tempo condições para uma alternativa séria e consistente a estas políticas ruinosas. Cabe a cada um valorizar o seu voto e contribuir para impedir este caminho para o abismo.


Elementos Biográficos
Miguel Lopes Batista Viegas
44 Anos
Professor universitário.

 

Licenciatura em medicina veterinária pela Universidade Técnica de Lisboa (1993).
Licenciatura em Economia pela Universidade do Aveiro e melhor aluno em economia (2004)
Doutoramento em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (2010).
Mestrado em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade de Aveiro e melhor aluno em Planeamento Regional (2013).

Nasceu em Paris tendo regressado a Portugal com 10 anos de idade. Exerceu a profissão de médico veterinário entre 1993 e 2011 no sector agro -pecuário, tendo passado por diversas empresas do centro e norte de Portugal. Em 2008, ingressa na carreira académica como docente do Departamento de Economia e Gestão Industrial da Universidade de Aveiro. Como investigador, tem-se debruçado sobre temas como a macroeconomia e a política orçamental.

É sócio fundador e dirigente do Clube de Canoagem de Ovar. Como atleta tem vários títulos nacionais em remo e regionais em canoagem.

 

Foi dirigente na Associação de Estudante da Faculdade de Medicina Veterinária. Foi deputado municipal no concelho de Ovar onde residiu entre 1997 e 2010. Participou em diversos movimentos de defesa de serviços públicos. É dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro. É membro da Direcção Regional de Aveiro do PCP e do seu Executivo.