MOÇÃO

Em 1886, os operários de Chicago, pagaram caro a coragem de reivindicarem o direito de participar na definição das suas condições de trabalho. Alguns deles, com a própria vida. A comemoração do 1 ° de Maio está ligada a este exemplo de heroísmo. 120 anos depois, em Portugal, persistem e agravam-se as desigualdades salariais entre mulheres e homens, persiste a precariedade laboral e o desemprego atinge hoje os níveis mais elevados desde o nascimento da democracia.

O Município vive hoje uma situação preocupante de desemprego e degradação das condições económicas e sociais das suas trabalhadoras e dos seus trabalhadores.

A história diz-nos que sem luta nada se consegue e que o progresso da humanidade, sobretudo nos últimos dois séculos, é resultado da intervenção decidida, esclarecida e solidária dos trabalhadores.

O Dia Internacional do Trabalhador, que já era feriado em quase todo o mundo, menos em Portugal, passou a consagrar-se como tal, graças à Revolução do dia 25 de Abril de 1974 e à luta de muitos trabalhadores que para ele contribuíram.

A Assembleia Municipal, enquanto representante dos interesses e anseios dos feirenses, só pode estar com aqueles que lutaram tenazmente pela liberdade e pela justiça social e o continuam a fazer para que o desenvolvimento económico, social, político e cultural do nosso país continue a produzir seus frutos.

A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida em 28 de Abril de 2006, delibera:

    * Saudar e manifestar o seu apoio às iniciativas populares e demais actos comemorativos do 1° de Maio e apelar à população do Município feirense para que a elas se associe;

    * Reafirmar os valores históricos da vitória da Liberdade e da Democracia na vida de todas e todos os portugueses, bem como daqueles que connosco vivem e trabalham;

    * Proceder à divulgação desta moção através dos órgãos de comunicação social de âmbito nacional e dos meios ao serviço do município;

    * Dar conhecimento da mesma, à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e aos Órgãos de Soberania, nomeadamente, Presidente da República, Assembleia da República e Governo.