Remonta ao início do século XX a abertura da Linha do Vale do Vouga. Foi, na altura, um acontecimento de relevante importância na melhoria das condições de vida das populações da Região. Hoje continua a constatar-se que esta linha mantém um enorme potencial e que a sua reabilitação melhorará o serviço de transportes públicos às populações da corda de Espinho/Aveiro, passando por Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria e Águeda.

Em primeiro lugar porque as ligações no distrito de Aveiro, em termos de transportes públicos, são exíguas, desfasadas no tempo e caras, quer entre os concelhos, quer entre estes e a capital do distrito e entre estas e importantes interfaces de ligação com o resto do País.

Por outro lado, porque esta linha serve importantes zonas industriais e habitacionais, designadamente todas as sedes dos concelhos que atravessa.

São várias as razões que fazem do comboio uma solução sempre actual:

    * É menos poluente;

    * Gasta menos energia que outros meios, e, por isso, é mais económico;

    * A manutenção das infra-estruturas e dos comboios é mais barata do que as estradas e automóveis, por exemplo.

    * É mais seguro, havendo menos probabilidades de acidentes;

    * Não está sujeito a engarrafamentos, sendo por isso mais fiável.

Há, pois, todas as razões para se exigir que a mais valia que constitui a linha de caminho de ferro seja renovada, requalificada e valorizada, e que sejam criadas as condições que incentivem a sua utilização.

A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida em 30 de Junho de 2006, pronuncia-se:

    * Pela renovação, requalificação e valorização da linha do Vale do Vouga em todo o seu percurso entre Aveiro e Espinho, via Sernada do Vouga.

    * Pela circulação nesta linha de uma renovada frota de comboios que articulem entre si e com as restantes soluções (designadamente a linha do Norte), e cumpram horários adequados às necessidades das populações e, nomeadamente, dos trabalhadores.