Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal

Exmos. Senhores Vereadores

Exmos. Senhores Deputados Municipais

Minhas Senhoras e meus Senhores

 

Uma vez que esta sessão da Assembleia Municipal é das mais importantes, até porque irá definir a espinha dorsal da atividade do próximo ano e até do mandato que recentemente se iniciou. Vislumbrando-se um prolongamento desta sessão, tentarei ser o mais concreto e direto possível, nesta primeira intervenção.

Vivemos no concelho do faz de conta!

Faz de conta que não se faz, e faz sem ninguém ver.

Faz de conta que se faz, que se não se fizer a propaganda resolve. Dá-se como exemplo o saneamento que será, dentro em breve, equiparado às obras de Santa Engrácia.

Vivemos constantemente neste mundo do “faz de conta”, o mundo da fantasia, o mundo do entretém para distrair.

Temos, ainda, os estranhos negócios do faz de conta que vai cair, mas não vai nada. Era só a brincar! Agora os juízes já podem regressar, o negócio está consomado e o Edifício do Tribunal até nem está a cair.

Senhor Presidente, a CDU pretende saber quanto dinheiro custou este faz de conta ao erário público, quanto mais vais custar e qual a posição da Câmara Municipal relativamente a este caso que recentemente voltou a sair na imprensa regional.

 

Uma vez que o edifício do Tribunal nos traz à memória demolições, falaremos da Proteção Civil. No nosso concelho, há também o faz de conta que está tudo bem, mas se calhar não está.

 

Certamente saberão que caso haja um incêndio no último andar no hospital, os bombeiros não têm capacidade para lá chegar e por exemplo evacuar as pessoas. Não têm, porque não têm uma escada com condições para tal. Qual a posição da Câmara Municipal relativamente a este assunto? O que pretendem fazer? Quando o vão fazer?

Ou vamos simplesmente continuar a correr o risco e a viver no faz de conta.

Há ainda o faz de conta que damos todas as condições para que se desempenhe um bom trabalho. Mas neste caso – por exemplo, sabemos que um agente da PSP para o desempenho das suas funções é-lhe exigido uma boa condição física, no entanto ao contrário dos militares, estes não têm, muitas vezes, as devidas condições materiais para manterem essa boa condição física. Ora aqui em Stª Mª da Feira não é exceção, como todos sabemos, no entanto era permitido aos agentes utilizarem o Pavilhão da Lavandeira.

Era, disse bem, porque agora não é.

Uma vez que a utilização deste pavilhão não acarretava custos de maior para o município, a CDU solicita à Câmara uma explicação para se ter iniciado a cobrança do espaço aos agentes da PSP.

A CDU, acrescenta ainda, que aos agentes da PSP poderia ser dado o acesso gratuito ao ginásio da Feira Viva, em horas menos movimentadas – isto poderá, se o entenderem, ser interpretado como proposta.

No nosso município, há também, o faz de conta que se esclarece e que se dá todas as respostas. Neste ponto, não é segredo, até porque tem sido publicado na imprensa regional, que a CDU tem apresentado uma série de requerimentos. Relativamente, por exemplo, à Rua da Tapadinha em Lourosa, ao Conselho Municipal de Segurança, à Feira dos 20, às linhas de água poluídas em Rio Meão, entre outras. Ora, o problema é que ainda não obtivemos resposta a nenhum dos requerimentos, sendo que alguns foram apresentados há mais de dois meses.

Enfim, mantêm-se os velhos vícios!

Por fim, há o faz de conta que se cumpre os desígnios da Assembleia Municipal, no entanto, o Conselho da Feira continua sem um espaço público com o nome de Álvaro Cunhal.

 

Minhas senhoras e meus senhores, a pergunta com que me findo é se vamos continuar neste faz de conta, ou se vamos encarar a realidade com seriedade efetivamente com vontade de mudar algo.

 

 

* Por limitações de tempo esta intervenção não se realizou. Na sessão apresentaram-se apenas as questões nela inscritas.