A Coligação Democrática Unitária da freguesia de Fornos- Santa Maria da Feira, torna público o seu descontentamento pelo estado deplorável em que se encontra a rede viária da freguesia, facto que se arrasta há vários anos a esta parte.

Fornos que tão valorosamente se bateu pela manutenção da sua identidade enquanto freguesia, vê-se, agora, abandonada no que à valorização de infraestruturas diz respeito, nomeadamente a sua rede de estradas municipais e locais.

As intervenções motivadas pelas obras de saneamento do sistema da Ribeira da Lage já se perderam no tempo e os Fornenses continuam a circular por estradas que são um contínuo de crateras e um esboroado de cascalho e gravilha onde existe de tudo menos alcatrão ou betuminoso. O caso paradigmático desta situação é a rua Armando Pinto de Assunção, em toda a sua extensão.

Caricato, é igualmente o facto de as estradas nacionais que atravessam a freguesia terem sido alvo de aplicação de betuminoso, nomeadamente no troço que vai da fábrica da MAF no sentido do lugar do Carvalheiro e da estrada nacional 109-4, no trajeto entre o alto do Farinheiro e o lugar dos Moinhos. Nestes troços de via foi aplicada a sinalização de piso mas ficaram por construir rotundas, entroncamentos e passeios para peões, pelo que, há mais de 6 meses subsistem verdadeiros “degraus” de desnível na mesma, que são um perigo para a circulação automóvel.

Todas as restantes estradas da freguesia, que como se sabe é das mais pequenas do município, permanecem em adiantado estado de degradação, levando ao desespero os cidadãos que nelas circulam. Essa rede de estradas é quase na íntegra de índole municipal e local, pelo que se nos afigura que se trata de uma situação de subserviência da câmara municipal e da junta de freguesia aos empreiteiros que fizeram as obras de saneamento acima referidas, que abandonaram a freguesia como se esta estivesse a sair de um cenário de guerra.

Não deixa de ser caricata esta situação pois a mesma não deriva do facto das obras terem sido feitas de forma célere, deve-se, isso sim à má qualidade das práticas técnicas e dos serviços prestados pelas firmas a quem foi adjudicada pela INDÁQUA e câmara municipal a empreitada. A inexistente de qualquer fiscalização responsável, por parte da Câmara Municipal da Feira é igualmente uma das causas desta situação.

A CDU Fornos lamenta a situação que aqui se expõe, e mesmo aqueles que no remanso de um qualquer gabinete da câmara ou da junta, vão debitando periodicamente mentiras para entreter e encher jornais, nós perguntamos: Não somos todos pagantes de impostos municipais para estes fins? Onde são aplicados os mesmos? Com que critérios?

Até apetece dizer: ”Estradas municipais ou carreiros de cabras”.

Os Fornenses merecem respeito e mereciam melhores desempenhos políticos na defesa dos seus interesses.

 

Fornos, 10 de março de 2016