A Coligação Democrática Unitária vem denunciar mais um hediondo atentado contar a ribeira. A Ribeira da Lage em Fornos, mais concretamente no lugar dos Moinhos, apresentava ainda no decurso desta semana a degradação que amiúde temos documentado com imagens para a comunicação social e que pode ser comprovada pela foto anexa.

                A Ribeira da Lage, que atravessa várias freguesias do município de Sta. Maria da Feira foi, outrora, um excelente rio truteiro, onde também se podia pescar ou observar espécies como a enguia, os escalos, o tritão ventre laranja e outros anfíbios, as lontras, as toupeiras de água ou os cágados. Atualmente este curso de água que estava profundamente poluído, e consequentemente degradado, vinha recuperando o seu estado natural sendo notórias as melhorias ambientais, que se traduziam na possibilidade de se observar espécies piscícolas e anfíbias para lá de espécies de plantas aquáticas que tinham sucumbido à poluição. Apareciam ao fim de três longas décadas de poluição e destruição, as primeiras formas de vida animal e vegetal que não as indiciadoras de elevadas cargas de poluição orgânica.

                Inopinadamente e quase consecutivamente foram feitas duas descargas que deixaram a água com um aspeto leitoso, sendo que a última aconteceu nesta segunda-feira, dia 22 de maio. Foi feita uma participação às autoridades ambientais da GNR, que lamentou não ter disponível nenhuma equipa EPNA no momento por estar fora do seu horário de trabalho, o que achamos lamentável dado o facto de estes crimes não obedecerem a horário de expediente. Os atentados ambientais nesta ribeira estão a ser sistematicamente denunciados pela população que não tendo outra arma para combater estes crimes se nos dirige, para que os denunciemos publicamente. Voltamos a afirmar que o atentado ecológico conta com o silêncio cúmplice dos presidentes das juntas de Arrifana, Fornos e Souto/ Mosteirô, bem como um total alheamento por parte da câmara municipal e Santa Maria da Feira.

Não é compreensível que em pleno século vinte e um empresários pouco escrupulosos, se é que os podemos considerar como empresários, não tenham um mínimo de dignidade social que os leve a assumir os custos ambientais que derivam da sua atividade.