Ao abrigo da Lei de imprensa – artigos 24º e 25º – vimos desta forma exercer o direito de resposta, face à nota da Direcção desse semanário, publicada na sua última edição, a propósito de um comunicado de imprensa sobre o conteúdo de recente plenário concelhio do PCP.

Fazendo tábua rasa dos princípios de imparcialidade e independência, a que está obrigado pela legislação actual, e que diz defender, a referida nota da Direcção compromete todo aquele órgão de informação, com a sua postura anticomunista violenta, despropositada e ofensiva, cujo teor nos abstemos de comentar.

Sobre tal nota (sublinhe-se que não é um artigo de opinião, mas sim uma posição expressa da direção do jornal) a Comissão Concelhia do PCP faz, somente, os seguintes reparos:

- Reitera a posição de que, para a perda de votação da CDU no Concelho e no país, teve particular influência, entre diversos factores, o papel da própria comunicação social nacional e local, pelas repetidas discriminações de que foi alvo, admitidas inclusive pelo próprio provedor do tele-espectador e por vários observadores independentes.

- Embora a nota de imprensa do PCP não tenha feito referência específica a qualquer jornal concelhio, não é verdade que o Correio da Feira faça uma justa e equilibrada cobertura das iniciativas desta força política. A extensão das discriminações e omissões são bem identificáveis e muitas já foram comunicadas de viva voz ao próprio Diretor do Jornal. Sublinham-se dois exemplos significativos:  

  1. a) Ao longo dos últimos quatro anos, ao contrário do que se passou com outras forças políticas, o eleito da CDU na Assembleia Municipal só teve direito a uma única entrevista;
  2. b) Quanto a entrevistas a dirigentes nacionais, realizadas recentemente, verificamos uma abismal diferença de tratamento em relação aos outros Partidos: até hoje, não obstante o compromisso assumido pelo respectivo director, nunca foi concretizada qualquer entrevista com o Secretário-Geral do PCP.

- O PCP é portador de um extraordinário património de luta e de uma intensa vida democrática. Continuará, em qualquer circunstância, a desempenhar o seu papel político insubstituível na democracia.

PELO CUMPRIMENTO DA LEI DE IMPRENSA!                                   

Stª Mª da Feira, 16 de Novembro de 2017

Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP