Subitamente, a Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, em plena campanha eleitoral, desatou a cobrir as vias esburacadas da cidade com tapete betuminoso e a pintar as passadeiras para peões. Subitamente, sim, porque, apesar das promessas, nos últimos quatro anos, o estado das vias públicas foi-se deteriorando, sem que se tivesse sentido qualquer preocupação em as reparar. Pois, mas o dia 11 de Outubro está a chegar, e a Junta de Freguesia (do PSD, que apresenta como candidato à presidência o actual presidente e uma lista idêntica nos rostos e nas promessas) lá entendeu que, naquele dia, os feirenses teriam de transitar convenientemente, até às mesas de voto, de preferência para premiar os autores de tamanhos melhoramentos.

Então, como o prometido é devido, e como o PSD, há quatro anos, prometeu ruas transitáveis e bem sinalizadas, há que o fazer no momento exacto em que lhe pede o voto.

 

Há quem diga que mais vale tarde do que nunca e o que interessa é que a obra se faça. É uma estranha forma de resignação, porque as pessoas, os Feirenses, tiveram de viver na sua terra todos os dias destes 4 anos e não lhes pode ser indiferente a forma e a qualidade da circulação e do trânsito, na sua cidade. Mas mesmo quem resignadamente acha que o que interessa é que se faça alguma coisa, não pode deixar de se indignar com a falta de responsabilidade manifestada pela Junta de Freguesia que faz as ditas obras, sem qualquer respeito por peões e automobilistas, cortando subitamente troços de vias sem sinalização adequada (veja-se o que se está a passar, por exemplo, nas ruas Comendador Sá Couto e Condes de Fijô), obrigando a desvios de trânsito e à condução em contramão, pondo em risco grave peões e automobilistas. Ao que chega a pressa de mostrar obra feita, a qualquer preço, incluindo a própria vida dos feirenses!

Esta forma desajeitada, atabalhoada e pouco responsável de actuar, deve ser motivo de reflexão dos eleitores, sobre como e em quem votar no próximo dia 11 de Outubro.A CDU defende a necessidade de melhorar, TODOS OS DIAS, a mobilidade dos cidadãos e muito especialmente a circulação dos peões, para que possam usufruir dos espaços e transitar neles com segurança.