A C.D.U. Fornos foi confrontada ainda num passado relativamente próximo com a demolição de um prédio urbano de presumível construção do século XVIII, pertença de José Gonçalves. Nesse mesmo imóvel onde viveu e veio a falecer o popularmente conhecido por “Ti Zé Bicanca” seu último ocupante viveram várias gerações de Fornenses perdendo-se no tempo a sua construção, bem como a daquele burgo que circunda a Capela da Lage (imóvel classificado de interesse municipal) único com interesse histórico da freguesia.

  O prédio contíguo, propriedade de uma família que sistematicamente foi construindo de forma anárquica e sem os devidos licenciamentos, virou uma ilha de construções clandestinas, ofensivas pela sua tipologia para toda a envolvência. Vivem hoje nesta ilha pelo menos três agregados familiares.
De forma pouco “escrupulosa” a casa do senhor José Gonçalves foi comprada por sessenta mil euros e quase de imediato foi mandada demolir pela anterior junta de colorido socialista, sem a mesma dar qualquer conhecimento à freguesia, que ficou assim mais pobre na sua identidade. Parece-nos sempre absolutamente a despropósito esta aquisição e demolição quando há anos que não se adquire os terrenos necessários para a rotunda junto da ponte do Farinheiro, um verdadeiro cancro rodoviário.


    Da área de implantação do anterior imóvel resultou um pequeno rectângulo onde foi implantado um mini jardim público, com a particularidade de ter até à data do passado domingo 25 de Outubro, um passeio que desembocava numa parede lateral do imóvel atrás descrito. Esta situação caricata já pressagiava a abertura de uma porta de acesso à dita “ilha”, o que veio a ser consumado de forma ilegal e abusiva pelos actuais proprietários.


   

 Acresce o facto de que o dito jardim, pago com o dinheiro dos contribuintes e como tal público, não pode ser logradouro de privados nem muito menos passagem para imóvel clandestino. A intervenção não foi licenciada pelos serviços municipais competentes, nem dos editais de obra havia qualquer vestígio ou referência. Por coincidência são moradores neste agregado anárquico de habitações, um ex funcionário da junta de Fornos e seu filho, actualmente a trabalhar para a mesma. Ontem como hoje a junta nunca cumpriu com a sua missão de fiscalização no que se refere às construções clandestinas, vai daí, à que fazer a obra antes da mudança de patrão.


    Não é difícil agora como nunca foi de entender porque é que nos outdoors do Partido Socialista na última campanha para a junta de freguesia apareciam determinadas personagens para a fotografia quando os interesses são estes.


     Não fazendo parte da postura da CDU ser conivente com este tipo de actuações e comportamentos, fazemos aqui a respectiva denúncia pública e levamos o caso às instâncias camarárias.

P’ la Coligação Democrática Unitária de Fornos

Antero Resende