Os trabalhadores não podem aceitar despedir-se a si mesmos. Além do mais, porque, aos 500 despedimentos propostos, somam-se as centenas de despedimentos do passado e os muitos despedimentos futuros, que desta forma serão inevitáveis.

Os trabalhadores não podem aceitar o esbulho do dinheiro que a empresa lhes deve, em troca de papeis sem valor. Os trabalhadores não podem oferecer aos grandes senhores do capital 60% do que a empresa lhes deve, para que os respectivos  lucros continuem intocáveis nos bancos e a crescer na roleta da bolsa.

O grande capital abichou a mais valia da exploração dos trabalhadores (os lucros da empresa) e, com este “plano”, despede, não paga salários, nem a maior parte das dívidas aos trabalhadores, e no fim encerrará a empresa e tentará levar mais “algum” da venda das máquinas e edifícios.

É preciso mudar de política e obrigar o Governo PS a defender a viabilização da ROHDE e os postos de trabalho

A opção não pode ser entre este “plano” e o encerramento imediato da empresa. Não há que escolher entre a morte súbita e a morte anunciada.

O Governo PS veio dizer na Assembleia da República que nada pode fazer  pela ROHDE – É FALSO!

É necessário um verdadeiro PLANO de SALVAÇÃO da ROHDE. Nem mais nem menos do que o Governo PS fez para salvar os banqueiros do BPN. Porque os trabalhadores da ROHDE não são “portugueses de segunda”, pagam os impostos devidos e produzem riqueza para o país, coisa que os banqueiros nunca fizeram.

O Governo PS deve decidir uma intervenção da Caixa Geral de Depósitos, que mantenha a empresa a funcionar com todos os seus trabalhadores, que reorganize a produção e viabilize a  ROHDE!

É preciso garantir que os direitos dos trabalhadores são respeitados e acautelados no futuro e que a maior unidade produtiva da indústria do calçado continua a produzir, ao serviço do país.

Qualquer outro caminho leva ao encerramento da empresa, desemprego de todos os seus trabalhadores, mais pobreza em Sta. Mª da Feira, agravando ainda mais os 700000 desempregados e a desgraçada situação do país, que como se vê têm responsáveis - o grande capital, as políticas de direita do PS e PSD, e este Governo.

Aos trabalhadores da ROHDE e aos seus representantes não resta outro caminho – recusar o “plano” da Administração, exigir do Governo que salve a ROHDE e os seus postos de trabalho e que defenda a produção nacional.

É preciso vir à rua manifestar os direitos dos trabalhadores e exigir respostas do Governo PS!   

É URGENTE UMA NOVA POLÍTICA!

Não há outro caminho senão lutar!