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Na passada quinta-feira à noite, teve lugar uma vígilia dos trabalhadores destas empresas corticeiras junto ao portão das mesmas, em protesto pela ausência de respostas tanto do poder judicial como do poder político face à situação dramática que enfrentam há já longos meses. E que sintomaticamente passa ao lado da própria Câmara Municipal e do seu Presidente, até agora sem a miníma intervenção num assunto que diz respeito à vida e sobrevivência de municipes feirenses.

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Acompanhado de dirigentes distritais e locais do PCP, o deputado Jorge Machado deslocou-se na passada terça-feira a Mozelos para contactar directamente com os trabalhadores destas empresas corticeiras.

Foi por demais evidente a profunda revolta e indignação das dezenas de trabalhadores que se encontravam junto aos portões da fábrica face não só ao atraso no pagamento de vários salários e subsídios, como e acima de tudo pela indefinição e muitas dúvidas que o actual processo de insolvência levanta.

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Recentemente, foram divulgados por esta empresa do Grupo Amorim os lucros do primeiro semestre deste ano, que cresceram 19 %, mais 13 milhões de euros do que em 2010.

Os números não enganam. Mas, no caso concreto, espelham bem e escandalosamente os contrastes que se passam nesta empresa e afinal no próprio país. Lucros e mais lucros para um punhado de grandes empresas e interesses quando aumentam as dificuldades para os trabalhadores e para grande maioria do povo português.

De facto, os lucros agora anunciados pela Corticeira Amorim não se estão a reflectir nos salários dos trabalhadores, o que se revela como uma injustiça gritante e inaceitável, já que são precisamente os trabalhadores os que mais contribuíram, com a sua força de trabalho, para esse saldo extraordinariamente positivo.

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Há já vários meses que os trabalhadores destas duas empresas corticeiras vivem dias conturbados dada a incerteza do futuro das mesmas e dos seus próprios postos de trabalho.

 Dispondo de um rico património, e de uma considerável capacidade produtiva, neste importante grupo do sector decorre, não obstante, um processo de insolvência obscuro e que muitos trabalhadores afirmam ser fraudulento que, a não ser corrigido, poderá pôr em risco estas duas unidades industriais e consequentemente a sobrevivência de quase centena e meia de trabalhadores e das suas famílias.

 Os operários da Vinocor e Subercor, que tem actualmente vários salários em atraso, deram sempre o melhor em prol das empresas, da sua produção e crescimento. Não podem agora ser responsabilizados pela sua gestão ruinosa e descalabro financeiro.

 

 

O Grupo Cifial informou recentemente os seus trabalhadores que irá entrar em lay-off nos próximos meses, com redução do período normal do trabalho.

 Não sendo a primeira vez que a Cifial recorre a este processo, a intenção de o voltar a implementar no momento presente, em que se agravam e muito os problemas sociais no país e em particular no Concelho de Stª Mª da Feira, assume extrema gravidade.