Iniciativas PCP

Camaradas e Amigos

Em nome da concelhia de Santa Maria da Feira, uma calorosa saudação a todos os presentes.

Nos três anos e meio de intervalo entre Assembleias Regionais, o nosso país foi vítima de um vil ataque por parte das TROIKAS, estrangeira e nacional, que levou ao agravamento das condições de vida dos portugueses. Hoje os portugueses vivem pior, mas não todos, os senhores do capital, esses, vivem melhor e alcançam lucros mais elevados do que antes da crise. Crise cujos únicos responsáveis são esses mesmos senhores do capital e os seus capatazes, PSD, CDS e PS.

O concelho de Santa Maria da Feira não é excepção no panorama nacional. Somos o espelho da desigualdade, onde a dita classe média praticamente desapareceu. Existem hoje os “senhores Amorins” e os pobres. Não é por acaso que Américo Amorim, o homem mais rico do país, detém um autêntico monopólio no sector da cortiça, à custa também da maior exploração e da discriminação salarial. Graças à política de destruição do país hoje temos mais desemprego, mais precariedade, mais desigualdade, no fundo mais dificuldade em ter uma vida condigna. Para isto muito contribuíram igualmente as políticas de um executivo camarário que, pactuando com as políticas do governo de Lisboa, defende o neo-liberalismo com unhas e dentes, defendendo, assim, os interesses dos seus senhores.

Neste que é o décimo sétimo maior concelho do país em população, o número de desempregados, segundo o IEFP, é de mais de nove mil e quinhentos. Se tivermos em conta que estes dados pecam por defeito, facilmente concluímos que o desemprego real é bem mais elevado. Mais de metade destes desempregados encontram-se nesta situação há mais de um ano e uma grande parte não tem qualquer subsídio.

Integrada na preparação do órgão máximo do Partido na região, que terá lugar no próximo dia 30 de Março na cidade de Aveiro, realizou-se recentemente um Plenário da organização concelhia de Stª Mª da Feira do PCP, no respectivo Centro de Trabalho.

Tendo por base a proposta de Resolução Política “ Com os valores de Abril, um PCP mais forte“ em discussão e perante algumas dezenas de militantes comunistas que participaram no citado plenário, Filipe Moreira, membro da Comissão Concelhia e da DORAV do PCP, fez uma síntese do citado documento que, além de incluir um balanço da intensa actividade do partido no Distrito nos últimos 3 anos e meio, apresenta igualmente um conjunto considerável de medidas e tarefas para o futuro próximo.

Várias foram as intervenções e os contributos que se seguiram, no sentido do melhorar e enriquecer aquela proposta de resolução a partir da experiência e da realidade concelhia. Na verdade, estiveram em cima da mesa não só a grave situação social e económica que tem aqui também uma particular expressão, com cada vez mais gritantes desigualdades, como os próprios atrasos e bloqueios em infra-estruturas em que o Concelho de Stª Mª da Feira continua a ser fértil. E que se reflecte, no plano social e num pólo, na extrema concentração da riqueza nos grandes grupos económicos e financeiros - como é o caso da cortiça, dominado por um verdadeiro monopólio - à custa da exploração e do crescente empobrecimento da maioria da sua população, que as actuais políticas das troikas e do Governo PSD/CDS favorecem e agravam.

Plenário da Organização Concelhia de Santa Maria Feira

Ordem de Trabalhos:

1- Discussão da proposta de resolução política da

IX ASSEMBLEIA ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE AVEIRO

“Com os valores de Abril, um PCP mais forte”


2 - Eleição de delegados

 

21 de Março de 2014 - 21 Horas

Centro de Trabalho do PCP de Santa Maria da Feira

Teve lugar na passada sexta-feira, num restaurante na Freguesia de Lobão, o jantar comemorativo dos 93 anos do PCP, em que participaram largas dezenas de militantes e simpatizantes do Partido.

Em nome da Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira Filipe Moreira, eleito na Assembleia Municipal, agradecendo a presença de todos, começou por realçar o significado da data  pelo papel  destacado que o PCP, ao longo da sua rica e heróica existência, sempre desempenhou na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo português. Mas não deixou de assinalar e valorizar na sua intervenção a diversificada e intensa actividade do Partido e dos seus aliados no Concelho, na luta por melhores condições de vida e de trabalho, nomeadamente denunciando e combatendo a gestão autárquica do PSD que, com as suas opções privatizadoras, tem lesado seriamente os feirenses, como ainda recentemente foi confirmado pelo Tribunal de Contas. Apelou por fim ao empemhamento de todos nas duras e complexas tarefas que se aproximam: a IX Assembleia Regional do PCP do próximo dia 30 de Março; as comemorações do 40º Aniversário do 25 de Abril e as Eleições Europeias de 25 de Maio, sendo para isso fundamental o reforço da organização concelhia, que acabaria por se concretizar também nesta mesma iniciativa  com a adesão de novos militantes, o que foi particularmente saudado.

 

A FUNDAÇÃO DO PCP

A 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realiza-se a Assembleia que elege a direcção do PCP. Estava fundado o Partido Comunista Português. Nele confluem décadas de sofrimento e luta da classe operária portuguesa, as lições das grandes vitórias da classe operária internacional, os ensinamentos de Marx, Engels e Lénine. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda.

Logo após a sua constituição, a «Junta Nacional» do PCP (designação então dada ao seu organismo dirigente) realiza uma série de reuniões.

O Partido estabelece a sua sede na Rua do Arco Marquês do Alegrete, n.° 3, 2.° Dt.°. E aberta uma inscrição para o recrutamento de novos membros, atingindo-se em breve o milhar de filiados. Num Manifesto em que faz a sua apresentação pública, o Partido Comunista Português publica os 21 pontos da Internacional Comunista, que constituem a sua base política, afirmando assim também a sua adesão ao Movimento Comunista Internacional. Pouco depois forma-se também a Juventude Comunista.

Em fins de 1921, numa reunião conjunta do Partido e da Juventude, assenta-se no início da edição dos primeiros órgãos comunistas em Portugal. Ainda em 1921, inicia-se a publicação de O Comunista, órgão do Partido, e de O Jovem Comunista, órgão da Juventude.