Concelho

Depois do fecho recente de múltiplos serviços públicos no Concelho de Stª Mª da Feira, assiste-se agora ao encerramento, assim como em muitas outras localidades do país, de várias agências de entidades bancárias. Tal é o caso dos serviços do Banco Milenium em Riomeão a que, como é voz corrente, se poderão juntar em breve os balcões dos Bancos Santander e mesmo da Caixa Geral de Depósitos em diversas Freguesias.

Esta opção de encerramento e centralização de serviços bancários no nosso Munícipio assume, além do mais, uma dupla gravidade. Em primeiro lugar para os seus próprios trabalhadores, que irão engrossar, em muitos casos, os números de desempregados, já de si elevadíssimos neste Concelho. Mas, Por outro lado, acabam por lesar seriamente a população, em muitas das suas zonas, sobretudo a mais idosa e carenciada, que fica assim privada daqueles serviços, para mais quando subsistem aqui enormes carências em termos de mobilidade e de transportes públicos.

No passado sábado, 8 de novembro, voltou a repetir-se o cenário de inundação da via pública na Zona Industrial do Roligo, dificultando a circulação apeada e de veículos, como atestam as fotografias em anexo. Esta situação é originada pela falta de limpeza das estradas, facto que leva ao emtupimento das sargetas, dificultando, assim, o escoamento das águas pluviais.

A delegação da CDU – Coligação Democrática Unitária, que se deslocou ao lugar, constatou a veracidade das denúncias dos moradores locais e averiguou, ainda, que estes haviam já informado e solicitado a resolução deste problema junto de ógãos municipais e de freguesia, nomeadamente a Proteção Civil e Junta de Freguesia, ambos sem resposta.

Este acontecimento demonstra, uma vez mais, a incapacidade do Executivo de gerir as necessidades prementes do Concelho, nomedamente na manutenção das vias públicas. Neste sentido, a CDU irá intervir no âmbito do Conselho Municipal de Segurança por forma a evitar que estas situações se repitam.

Tornam-se mais evidentes, a cada dia que passa, as dificuldades das micro, pequenas e médias empresas para sobreviver, em consequência da política de concentração da produção e favorecimento aos grandes grupos económicos e financeiros que sucessivos governos do PS, PSD e CDS têm posto em prática.

Tal facto decorre da asfixia das PMEs, quer por via da carga fiscal a que estão sujeitas (6º valor mais alto de IVA da União Europeia), quer por via das limitações ao consumo que decorrem do roubo nos salários e nas pensões (directa e indirectamente) a que estão sujeitos os trabalhadores e reformados, a que se somam os altíssimos preços da energia e dos transportes. Como se tal não bastasse, a dita “fiscalidade verde” prevista no OE /2015 aprofundará ainda mais a carga fiscal, por via do aumento do IMI, dos custos dos combustíveis e da perpetuação dos roubos nos rendimentos da esmagadora maioria da população, enquanto os grandes grupos económicos são novamente aliviados com a redução do IRC de 23 para 21%.

O sector corticeiro tem aqui no Concelho de Stª Mª da Feira um exemplo flagrante do resultado dessas políticas e orientações: o domínio quase absoluto e crescente de um reduzido número de grandes grupos económicos que tudo controlam, com destaque para o de Américo Amorim, à custa da destruição das pequenas e médias unidades industriais e da consequente liquidação de centenas e centenas de postos de trabalho.

É neste quadro, e depois da falência e do encerramento recente de conhecidas empresas do sector (SUBERCOR, JOAQUIM LIMA, JUVENAL entre outras) que se registam os problemas actuais para laborar regularmente de uma das maiores empresas corticeiras aqui sediadas: ÁLVARO COELHO. Com efeito, após um período conturbado dos últimos anos em que a sua administração processava o pagamento dos salários com atraso e apesar de dispor actualmente de uma boa carteira de encomendas, enfrenta crescentes dificuldades de financiamento para a respectiva produção, o que poderá pôr em risco, a breve trecho, mais de cem postos de trabalho.

Diana Ferreira integrou delegação do PCP recebida na EB Fernando PessoaTal como fora anunciado, a deputada do PCP Diana Ferreira, acompanhada por dirigentes concelhios e distritais daquele Partido, realizou, no passado dia 13 de Outubro, uma visita de trabalho a esta nova Escola, recentemente inaugurada.

Amavelmente recebida pela respectiva Direcção, a delegação do PCP constatou o empenho e esforço de toda a comunidade educativa - nomeadamente de professores e funcionários da Escola EB Fernando Pessoa - para poder concretizar num período tão curto a sua instalação, a tempo da abertura do novo ano escolar.

Além dos aspectos conhecidos e detectados que necessitam de urgente correcção, sobretudo melhorias com a rede de telecomunicações, acessibilidades, na sinalização e nos arruamentos circundantes, foi transmitida à deputada do PCP a preocupação dos responsáveis deste importante Estabelecimento de Ensino com o número reduzido de funcionários face à sua própria dimensão.

Não faz muito tempo, mais precisamente a meio do último mandato autárquico, em 2011, era anunciado, com pompa e circunstância, pelo anterior Presidente da Câmara Municipal, a criação do Centro de Artes de Rua ou Caixa das Artes, um verdadeiro projecto âncora do Município, a construir em três diferentes pólos e financiado por fundos comunitários no montante global de 8,5 milhões de euros.

Desde o início que tal empreendimento sempre nos motivou as maiores reservas e dúvidas que, aliás, expusemos publicamente e junto dos órgãos de poder local. Sobretudo porque em vez da criação deste novo equipamento cultural afinal o que acabou por se edificar, num dos citados pólos, foi uma nova grande superfície comercial, uma caixa sim mas registadora!

Por outro lado e começada a construção da Caixa das Artes num dos outros pólos, na Zona Industrial do Roligo, em Espargo, surpreendentemente ou talvez não, sucede que a mesma acaba agora por ser abandonada pelo Executivo PSD e transferida a sua implantação para o antigo Matadouro, cuja requalificação, de resto sempre defendemos.