Concelho

1. Uma Reforma que é um ataque ao Poder Local
A Comissão Coordenadora de Stª Mª da Feira da CDU, recentemente reunida para debater as questões mais prementes do desenvolvimento no concelho, entende oportuno e necessário tornar pública a sua posição sobre a dita reforma administrativa das autarquias.
Inserido numa vasta operação de descarecterização do regime democrático e de ataque aos direitos dos trabalhadores e do povo em geral, cuja subscrição do Pacto de Agressão com a Troika estrangeira por PS, PSD e CDS torna evidente e aprofunda, o actual plano do Governo de “reformar” o poder local procura destruir uma das principais conquistas do 25 de Abril: o poder local democrático, reconhecido como sendo responsável por parte significativa das melhorias nas condições de qualidade de vida das populações a partir de 1974.

Acabam de ser divulgados os lucros da Corticeira Amorim em 2011 que, segundo a própria empresa, foi o melhor ano de sempre e registam um aumento de 23,1 por cento, o que corresponde a 25,3 milhões de euros.
Numa situação de profunda recessão económica e com gravissímas consequências sociais conhecidas – falências em série de pequenas e médias empresas, aumento galopante do desemprego e da precariedade, da pobreza e das desigualdades, não surpreende porém que os grandes interesses e grupos económicos tenham resultados financeiros e lucros cada vez maiores.
Contrariando a propaganda do Governo PSD/ CDS e da própria Associação Patronal, que se baseiam unicamente nos indices de exportação, são cada vez mais evidentes as dificuldades para as pequenas e médias empresas da indústria do calçado. Enfrentando uma forte recessão, agravada pelo pacto de agressão das Troikas , quebra do poder de compra e consequentemente do mercado interno, sem efectivas linhas de crédito e apoio, as unidades industriais deste sector, bem como de muitos outros, tendem a asfixiar e a fazer crescer ainda mais os números do desemprego no Concelho e no Distrito.
É precisamente isso que se está a passar numa série de empresas de calçado em Stª Mª da Feira, como foram os casos recentes do encerramento da Carpex em Escapães e da Landina em Arrifana, lançando no desemprego largas dezenas de trabalhadores. Mas que se reflecte igualmente em diversos processos de insolvência – Ajax em Fiães - e nos constantes atrasos no pagamento de salários e subsidios em várias outras.
A Comissão de Freguesia de S. Paio de Oleiros do PCP, reunida no passado sábado e analisando os aspectos mais relevantes da situação política nacional e local, entende tornar público o seguinte:
1.O actual rumo de afundamento do país tem que ser travado e invertido. A sucessão de medidas e orientações recessivas, primeiro do PS e agora do PSD e CDS, todos eles subscritores do Pacto de agressão com a troika estrangeira, mais não faz do que agravar esse quadro de declínio e degradação em todos os domínios: destruição do aparelho produtivo, desemprego galopante, cortes nos salários e pensões, aumento insuportável de preços e taxas, encerramento de serviços, etc., cujos efeitos atingem também fortemente a população oleirense, pondo assim em causa não só as nossas condições de vida e subsistência como o futuro e a soberania de Portugal.
Muitos munícipes deste Concelho voltam a receber em suas casas facturas emanadas da Câmara Municipal respeitantes ao serviço de águas, saneamento e recolha do lixo, que na maior parte dos casos já pagaram à Indaqua, o que representa, sem qualquer dúvida, um verdadeiro “roubo”.
Como se já não bastasse o calvário porque está a passar a maioria dos feirenses com as quantias exorbitantes que lhes têm sido exigidas pelas ligações à rede de águas e saneamento, bem como pelos valores do respectivo fornecimento – um dos mais elevados da região - em resultado, nunca é demais referi-lo, do atraso de dezenas de anos na sua implementação e da concessão a privados pela Câmara PSD desses serviços, sucedem-se agora todo o tipo de atropelos e duplicação abusiva e ilegal dessa mesma facturação.